Parece faltar no âmbito do Judiciário alguém que bata na mesa e faça cumprir determinações do próprio Poder, porque vira e mexe surge algo errado, como se os tentáculos da justiça se movimentassem ao bel-prazer de juízes, desembargadores, ministros… Um exemplo desse universo de desmandos, do tipo sabe com quem está falando?, vem do Rio Grande do Sul, onde o Tribunal de Justiça simplesmente fez vista grossa à determinação do CNJ de destituir Paulo Ricardo de Ávila do Cartório do 4º Ofício de Registro de Imóveis de Porto Alegre, por onde circulam anualmente cerca de 17 milhões de reais. O parecer pelo afastamento foi assinado pelo conselheiro Rubens Canuto nos autos de pedido de providências feito pela Rede Pelicano de Direitos Humanos e Combate à Corrupção. Paulo Ricardo, segundo as denúncias, faz do cartório a casa dele. Não presta contas e emprega apadrinhados – além de parentes de primeiro grau.