Natal, capital do Rio Grande do Norte, tem demonstrado que o mar não está para banhistas. O potiguar vive a triste realidade alarmante da erosão costeira, um fenômeno que impacta diretamente o famoso cartão-postal da cidade: a Praia de Ponta Negra. Essa praia, conhecida por sua beleza e pelo icônico Morro do Careca, enfrenta agora uma ameaça natural que afasta banhistas e preocupa moradores e autoridades.
A decisão da prefeitura de decretar situação de emergência nas áreas afetadas é um sinal claro da gravidade do problema. As faixas de areia, antes amplas e convidativas, têm encolhido a cada avanço do mar, comprometendo a infraestrutura costeira e a segurança dos visitantes. O mar, que antes trazia encantamento e lazer, agora impõe desafios à preservação e ao convívio urbano. A via costeira, outro ponto importante de ligação na cidade, também sofre com a proximidade do avanço das águas, trazendo transtornos para o trânsito e para as construções à beira-mar.
Esse tipo de erosão, infelizmente, não é um problema exclusivo de Natal. Muitas cidades litorâneas ao redor do mundo têm enfrentado situações semelhantes, intensificadas pelas mudanças climáticas e pela ocupação desenfreada da costa. No entanto, a situação de Ponta Negra chama a atenção pela sua relevância turística e pela identidade que essa praia representa para a cidade e seus moradores.
Enquanto as soluções definitivas para conter o avanço do mar são estudadas e implementadas, o cenário é de incerteza. A urgência em preservar esse patrimônio natural, tão querido por todos que vivem ou visitam Natal, é evidente. Contudo, a natureza segue seu curso, impondo suas próprias regras e lembrando a todos da importância de harmonizar desenvolvimento com sustentabilidade. O mar, implacável e poderoso, continua a testar os limites da intervenção humana, desafiando a cidade a encontrar novos caminhos para proteger suas praias e suas histórias.