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Maranhão dá golpe na Câmara e manda Senado parar impeachment de Dilma

Marta Nobre

O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão, deu um golpe parlamentar na Casa que dirige. Nesta segunda, 9, o deputado decidiu tornar sem efeito a sessão que aprovou a admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Em nota divulgada no final da manhã, Maranhão determina que as sessões que resultaram na autorização da abertura do processo de impeachment sejam anuladas e que uma nova sessão seja realizada no prazo de cinco sessões a partir da devolução do processo do Senado.

Maranhão assumiu a presidência da Câmara após Eduardo Cunha ser afastado por decisão do Supremo Tribunal Federal. Aliado de Dilma (ele foi dos poucos deputados do PP a votar contra o impeachment), o deputado tem buscado apoio do próprio PT e de partidos de esquerda, a exemplo do Psol, PDT e PCdoB, para se manter no cargo.

Segundo nota da Câmara, Maranhão acolheu parte dos argumentos do ministro José Eduardo Cardozo, da Advocacia-Geral da União, que disse terem ocorridos “vícios” no processo. “Não poderiam os partidos políticos ter fechado questão ou firmado orientação para que os parlamentares votassem de um modo ou de outro, uma vez que, no caso deveriam votar de acordo com as suas convicções pessoais e livremente”, escreveu o presidente em exercício da Câmara em sua decisão.

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