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Marca própria agrada cliente e ganha mais espaço no varejo

Devido ao grande crescimento do poder de persuasão publicitária, hoje colocamos a nossa credibilidade no fornecedor, não no varejo. Tentando ir contra essa maré, os produtos de marca própria buscam garantir o seu espaço no carrinho de compras dos consumidores, e dessa vez não só por custar um pouco menos que as marcas líderes de venda.

Esses produtos começaram a ser comuns nos supermercados brasileiros no começo dos anos 2000, e, em 2012, movimentaram quase 3 bilhões de reais no varejo nacional. Porém, mesmo com esse crescimento, os produtos ainda são vistos como inferiores ou como uma alternativa de baixo preço às marcas similares. Realidade que acontece graças à falta de publicidade, que também é um dos motivos para o preço inferior. Ou seja, uma via de mão dupla.

Há três anos, o Grupo Pereira – que abrange a rede de supermercados Comper – investiu na sua primeira marca própria, a Amorita, linha de atomatados, azeite, palmito e etc.  Os produtos da linha geram, em média, uma economia de 15% a 20% em relação aos produtos de outras marcas, e o consumidor leva pra casa um produto com a mesma qualidade dos melhores do mercados.

A economia não é somente do consumidor, mas também da empresa, já que sendo dona da marca, os varejistas tem o controle da produção, promoção e preço, assim, podendo evitar gastos desnecessários.

Mesmo com a economia à primeira vista, o maior lucro para os varejistas vem a longo prazo, já que possuem uma marca que só é encontrada no seu próprio comércio, quando o cliente acaba criando uma fidelização com a empresa.

Lisete Caetano

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