Com as rápidas mudanças ocorridas no ano passado, 2021 está significando encontrar maneiras de alcançar consumidores cautelosos e encher sua caixa de ferramentas de marketing com estratégias inovadoras para se destacar e fortalecer o seu posicionamento para o ano de 2022.
Então, como sua marca pode capitalizar em novas oportunidades, apesar da incerteza de superar suas metas neste ano?
Como aproveitar o comércio eletrônico para essa finalidade, tendo em vista que na minha percepção os consumidores estão mais dispostos a pagar por conveniência e a abrir mão da fidelidade à marca em prol da velocidade?
Vou então destacar que o comércio eletrônico ultrapassou os níveis não esperados até 2025 devido à pandemia Covid-19, e que deve gerar bilhões de dólares em vendas este ano.
Pessoal, se aprendemos alguma coisa com o ano passado, é que as coisas podem mudar em um instante, mudanças para as quais pensávamos ter anos para nos preparar, comportamentos que presumimos que manteríamos para sempre, expectativas que temos de nós mesmos e de nossas organizações. Isso se aplica à maneira como vivemos, trabalhamos e fazemos compras como consumidores.
Já escrevi esses dados anteriormente num artigo passado, mas vale a pena repetir; no início de 2021, passei vistas numa pesquisa que apontava que em torno de 80% dos consumidores do planeta ainda estão mudando a maneira de fazer compras. 70% estão visitando lojas físicas com menos frequência do que antes da pandemia, e 60% compram com mais frequência online os produtos que comprariam anteriormente nas lojas. Um dos efeitos mais significativos da Covid-19 é a percepção de que, para muitos de nós, a localização geográfica tornou-se menos relevante, desde que haja uma conexão com a Internet, isso é evidente.
No ano passado, as regras do e-commerce foram efetivamente reescritas. Em uma sociedade cada vez mais sem contato físico, nossas vidas foram digitalizadas, mudando a forma como nos envolvemos, interagimos e vemos a vida cotidiana. Agora, novos comportamentos de compra online surgiram, e milhões de consumidores que antes dependiam das vendas físicas estão comprando online para atender às necessidades diárias.
Mas o que eu percebi é que a ascensão do comércio eletrônico não ocorreu sem falhas. No auge da pandemia em maio (2020), os vendedores, dando as boas-vindas a milhões de novos consumidores, enfrentaram interrupções na cadeia de suprimentos, escassez de choque e perda de negócios. Muitos optaram por opções internacionais para atenuar os problemas, e as vendas internacionais tiveram um aumento impressionante.
Com a incerteza em torno do próximo ano (2022), os vendedores naturalmente se perguntarão se esse crescimento é sustentável. Será vital, mais do que nunca, planejar um ambiente pós-pandêmico.
Em termos operacionais, vou descortinar o meu entendimento; começando a enfatizar as empresas que desejam tirar proveito da tendência do e-commerce, pois, as mesmas devem investir em algoritmos de reconhecimento visual, software de gamificação baseado em AR (augmented reality) para aumentar a fidelidade e o envolvimento do cliente, chatbots de inteligência artificial (IA) que respondem às perguntas dos clientes e sistemas de análise de dados para ajudar com recomendações de compra personalizadas.
Durante a pandemia, os consumidores mudaram suas rotinas. E hoje em dia, os consumidores mais fiéis esperam que as empresas integrem mais medidas de saúde e segurança.
Nos meus estudos percebi que os varejistas ágeis responderam a essa mudança incorporando tecnologias inovadoras, como:
Coleta na calçada sem contato; (coletas na calçada e estratégias de clicar e coletar são particularmente úteis, pois reduzem os custos de envio e aumentam as compras na loja)
Tecnologia de sistema de posicionamento interno;
Carrinhos de compras inteligentes habilitados para IA;
Tecnologia de identificação por radiofrequência (RFID), que ajuda na etiquetagem do produto;
Treinar seus consultores de vendas para usar transmissão ao vivo, aumentando seus esforços de marketing nas lojas, pois, é preciso mesclar online e offline para fazer com que as pessoas comprem mais;
No entanto, a grande maioria dos varejistas off-line ainda precisam adotar serviços eficientes e centrados no consumidor, como serviços de compra on-line e retirada na loja (BOPIS), parcerias com super aplicativos e tecnologias que impulsionam a experiência omnicanal em todas as plataformas.
No meu entendimento as lojas físicas não devem desaparecer, apesar do aumento do e-commerce por conta da experiência desejada do consumidor.
Pessoal, o futuro do e-commerce será definido por três fatores:
Compradores;
Lojas;
Cadeias de suprimentos;
Em relação as lojas físicas, o meu conselho é que os varejistas pós-pandemia terão que considerar como fazer com que a experiência de compra na loja pareça inovadora e completamente nova.
Depois da Covid-19 antevejo uma “oscilação do pêndulo” em que veremos um aumento nas compras presenciais e uma diminuição no e-commerce. A minha indicação é que os varejistas e comerciantes B2B passam a integrar negócios on-line e presenciais para aprimorar a experiência do cliente, mantendo os custos baixos, pois, as cadeias de abastecimento ainda são muito rígidas para suportar este novo boom no comércio, assim, sugiro que a implementação de uma cadeia de suprimentos mais localizada poderia ajudar a mitigar interrupções futuras. O uso de IA, robótica e digitalização também deve aumentar para acompanhar a demanda exigida pela logística para atender aos pedidos.
Enfim, uma coisa é certa; o futuro do comércio eletrônico chegou. A mudança para pedidos online, clique e receba, e entrega em domicílio é favorecida pela expectativa crescente de velocidade; isso é o que eu chamo de a tirania do agora.
Pense nisso.