Força de Pacificação começa a deixar o Complexo da Maré
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emApós um ano, a Força de Pacificação – formada por militares do Exército e da Marinha – começa a deixar algumas favelas do Complexo da Maré para a instalação das primeiras unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) na região, num total de quatro bases. Segundo o secretário de segurança, José Mariano Beltrame, serão instaladas torres de observação blindadas em alguns pontos do conjunto de favelas, por ser uma área plana, a fim de dar visibilidade e segurança aos policiais que atuarão no local. Beltrame afirmou ainda, que não tem pressa para ocupar a região.
— UPP daqui para frente só com condições ideais para serem feitas, ou seja, em 2015 só com 100% de infraestrutura. Ela só será instalada quando houver condições de segurança para os policiais. A população vai ver a polícia bem instalada e bem equipada. Não é um recuo, mas um fortalecimento. Não dá para ficar em contêineres — explicando que no caso do Complexo do Alemão serão construídas sedes de alvenaria e com blindagem.
A primeira UPP da Maré será instalada na Favela Roquete Pinto, e irá abranger também a Praia de Ramos, áreas controladas por milicianos. A partir de 1º de maio, as Forças Armadas saem do Parque União, Rubens Vaz e Nova Holanda, dominadas por outra facção criminosa. Até 30 de junho, prazo fixado para o término do acordo entre os governos federal e estadual, do decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), as 16 favelas onde vivem cerca de 140 mil pessoas ficarão sob responsabilidade da PM.
A região da Maré é considerada estratégica por estar entre as duas principais vias da cidade, Avenida Brasil e Linha Vermelha, passagens obrigatórias para quem desembarca no Aeroporto Internacional Tom Jobim e segue em direção ao Centro e à Zona Sul.