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Marinha americana confirma vídeo com disco-voador

Em dezembro de 2017, surgiram dois vídeos mostrando pilotos da Marinha dos Estados Unidos encontrando objetos esféricos e misteriosos que pareciam, em um primeiro momento, se mover pelo ar de maneiras que deixaram os especialistas perplexos.

Todos que assistiram – incluindo os pilotos que os filmaram – fizeram o mesmo questionamento: o que, exatamente, são essas coisas?

Na última semana, um oficial da marinha chamou os objetos misteriosos de “Fenômenos Aéreos Não Identificados”, dando nome aos incompreensíveis pequenos pontos e reacendendo o escrutínio sobre os Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs) (um termo que a marinha não quer usar mesmo que os objetos que estão voando não possam ser identificados).

“A Marinha nomeia os objetos contidos nestes vídeos como fenômenos aéreos não identificados”, afirmou Joseph Gradisher, porta-voz do vice-chefe de operações navais ao Black Vault Blog, um repositório civil de documentos governamentais obtidos em sua maioria por solicitações à lei de liberdade de informação.

Gradisher ainda explica que “a terminologia ‘Fenômenos Aéreos Não Identificados’ é usada porque provê a descrição básica para avistamentos / observações de aeronaves / objetos não autorizados / não identificados que são observadas entrando / operando no espaço aéreo de várias regiões de treinamento de controle militar”.

O fundador do blog Black Vault, John Greenewald Jr., contou ao Washington Post que ele acredita que a nota da marinha é significante porque, pela primeira vez, a marinha reconhece a existência de objetos em vídeos gravados e admite que o departamente não consegue identificá-los. Greenewald também afirmou que os vídeos não eram originalmente pretendidos para serem liberados ao público.

Por conta dessa revelação, os comentários de Gradisher ao Black Vault ricochetearam pela internet nesta semana.

“Os mais poderosos militares não sabem o que estes objetos são. Isso não significa que sejam aliens, ou que eles não tenham uma explicação lógica e plausível, mas… estão admitindo que veem coisas no céu e que não podem identificá-las, o que, para mim, é a parte mais maravilhosa disso”, afirmou Greenewald.

Em entrevista posterior ao The Washington Post, Gradisher minimizou a significância da nomenclatura, dizendo que “fenômenos aéreos não identificados” não são um termo novo e que a marinha prefere que se torne mais popular que OVNI porque o último vem com um estigma cultural que pode desencorajar pilotos a reportar incidentes pelo medo de serem taxados de excêntricos.

Neste ano, a marinha revisou suas orientações para reportar estes fenômenos aéreos não identificados para encorajar pilotos a sinalizar distúrbios, que vêm ocorrendo com regularidade desde 2014. Gradisher diz que uma explicação possível seria o aumento de sistemas aéreos não tripulados, como quadricópteros, um tipo de drone facilmente disponível ao público.

“Tudo isso é sobre incursões sobre a nossa área de treinamento pelo que chamamos de fenômenos aéreos não identificados”, ele diz. “Essas incursões causam uma ameaça à segurança de nossos pilotos e à de nossos operadores, e é por isso que a marinha está investigando estas incursões”.

“Esses vídeos que estão por aí… Refletem três relatos de incursões em nossa área de treinamento”, que ocorreram em 2004 e 2015, ele diz.

Os três vídeos, intitulados “FLIR1”, “Gimbal” e “GoFast”, foram inicialmente mostrados pelo The New York Times e uma organização chamada To the Stars Academy of Arts and Science, que “envolve cidadãos globais a investigar a investigar as bordas externas da ciência e o pensamento não-convencional”, e foi fundada por um ex-membro da banda Blink 182.

O fundador do Black Vault, Greenewald, não especula se os comentários de Gradisher são prova adicional de vida extraterrestre, dizendo que prefere se ater ao que os documentos que ele obtém via a lei de acesso à informação dizem a ele. Mas o assunto de Fenômenos Aéreos Não Identificados, ou OVNIs, ou seja lá como você os chame, continua a fasciná-lo.

A verdade continua lá fora, e, para Greenewald, não há uma única maneira de encontrá-la. “Nós apenas temos que manter essas questões”.

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