Marina deve negar apoio a Dilma para tentar eleger Aécio Neves
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emA definição sobre a posição do PSB a quem apoiar no segundo turno será tomada nos próximos dias. Na quarta-feira (8), a Executiva Nacional do partido irá se reunir em Brasília. O mesmo deve ocorrer com a Rede e demais siglas que apoiavam a candidatura de Marina — PPS, PPL, PHS e PSL.
Apoiar a candidatura de Dilma Rousseff (PT) está praticamente descartado. As lideranças do partido dizem estar profundamente magoadas com os antigos aliados por causa dos ataques feitos à candidatura de Marina. Acusam a campanha petista de espalhar boatos, calúnias e de baixarem o nível no processo de desconstrução da imagem da ex-senadora.
O vice de Marina, Beto Albuquerque, afirmou que teria “dificuldade de votar em Dilma”.
“Eu, como gaúcho, não sou um cara de levar desaforo para casa, e nem de esquecer desaforo, calúnia, vilanias ou mesmo boatos como foram criados contra a nossa candidatura. Eu teria muito dificuldade de votar numa candidatura que desferiu todo tipo de golpe para estar onde está hoje, que é a candidatura da Dilma.”
Outro fator é que desde o desembarque do PSB do governo petista, em setembro de 2013, quando os socialistas decidiram pela candidatura própria, o partido vem progressivamente se afastando do PT. Grupos próximos aos petistas, como os irmãos Gomes, no Ceará, deixaram o PSB e foram ao Pros.
Em Pernambuco, PT e PSB estão em lados opostos desde 2012. Nestas eleições, o PT decidiu apoiar a candidatura de Armando Monteiro (PTB), derrotado por Paulo Câmara (PSB). O diretório estadual de Pernambuco, Estado de Eduardo Campos, é um dos que possui maior peso dentro da Executiva Nacional.
Paralelo a isso, houve uma aproximação com o PSDB em alguns Estados. Em São Paulo, onde o PSB historicamente é aliado dos tucanos, o vice-governador eleito na chapa de Gerado Alckmin é o deputado federal Márcio França (PSB-SP). Durante a campanha, Beto Albuquerque chegou a gravar depoimento pedindo votos em Alckmin.
O partido também é próximo do PSDB em Minas Gerais. Nestas eleições, o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), declarou voto em Aécio, e não em Marina.