A participação das Williams no treino de classificação para o GP de Mônaco foi desastrosa. Pela primeira vez desde o GP da Inglaterra do ano passado, a equipe não levou nenhum carro ao Q3. A diferença é que, desta vez, o resultado se deu em condições normais.
Felipe Massa vai largar só em 13º depois de fazer o 14º melhor tempo do Q2 (Romain Grosjean tem uma punição para cumprir por troca de câmbio). E Valtteri Bottas, barrado no baile no Q1, sai em 17º.
Sabe-se que o carro da Williams prefere circuitos rápidos, já que não é o mais forte em termos de downforce, mas este resultado não deixa de ser surpreendente pelo aspecto negativo. Principalmente porque, na Espanha, há duas semanas, o desempenho foi bom em uma pista que também exige da aerodinâmica dos carros.
“Tirei praticamente tudo do carro. Hoje de manhã a gente já sofreu bastante, e à tarde, na hora da classificação, o nosso carro, onde você precisa apenas da carga aerodinâmica e o motor não conta, acaba não funcionando. Essa é a situação no momento do nosso carro nessa pista”, lamentou o brasileiro em entrevista à TV Globo.
Segundo Pat Symonds, diretor-técnico da Williams, o grande problema foi falta de aderência. “Não conseguimos aderência. Achamos que teríamos problemas, mas devo admitir que 14º não é onde esperávamos estar”, disse à Sky Sports. “Não é algo que estamos acostumados: os pneus não estão aquecendo de cara, e todos estão fazendo uma volta a mais só para tentar levar o pneu à temperatura ideal sem danificar a superfície dele.”
No ano passado, Massa largou em 16º depois de ser acertado por Marcus Ericsson na classificação e conseguiu se recuperar para chegar em sétimo.
Massa é o sexto colocado no Mundial de Pilotos com 39 pontos. Seu melhor resultado foi o quarto lugar no GP da Austrália, primeira etapa do ano.