Falta pouco para a realização das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que será nos dias 5 e 6 de novembro. Cada vez mais as instituições de ensino superior adotam o Exame em seus processos seletivos, seja parcialmente ou na totalidade. Por isso, a preparação se tornou uma preocupação ainda maior para os estudantes.
Pensando nos alunos nesta reta final de estudos, o Coordenador e professor do pré-vestibular IMP-Déntro, Rodrigo Caetano, deu algumas dicas exclusivas de preparo. Segundo ele, há uma tendência de os alunos matarem aulas para correr atrás de atrasos de conteúdo. “É um erro! Vira uma espiral que só gera mais atraso. O aluno deve assistir às aulas até o final, e é fundamental fazer as provas. Às vezes mesmo que um determinado conteúdo não fique totalmente compreendido, a prática do assunto vai ajudar no dia da prova”, aconselha.
Sobre o conteúdo que requer mais atenção, ele explica que a escolha das disciplinas depende da dificuldade do aluno. “No entanto, como as questões de matemática valem mais pontos, vale investir um pouco a mais nessa matéria”, explica.
Outro ponto importante para Caetano, é que os alunos devem estar com os critérios de redação do Enem muito bem definidos no dia da prova. “Como, por exemplo, saber o que é, e como propor uma forma de intervenção”.
Na dissertação argumentativa do Enem, o candidato precisa, além de dissertar e desenvolver argumentos, defender uma ideia, justificá-la e apresentar uma proposta de intervenção para o problema. Segundo o professor, o tema da redação é imprevisível, e arriscar seria imprudência, mas é uma tendência da banca examinadora, no caso, o Cespe que seja um tema social controverso.
Caetano explica ainda que é importante deixar claro na intervenção, quem são os agentes, se são da esfera pública, federal, estadual ou municipal. Além disso, tomar muito cuidado para não desrespeitar a declaração de Direitos Humanos, mesmo porque o Brasil é signatário desse documento, e isso faz parte do critério de avaliação.
Muitos estudantes não sabem, mas não é obrigatório apresentar a proposta de intervenção somente ao final de seu texto, a proposta será avaliada em qualquer parte de sua redação. Por mais que o recomendado seja acrescentar sua proposta de intervenção junto à conclusão, na própria introdução de sua redação você pode apresentar a solução para o problema de maneira indireta e ir trabalhando a proposta com os argumentos ao longo do texto.
Um dos erros mais comuns na construção argumentativa dos alunos, e um dos motivos que mais geram notas zero nas redações no Enem, é a apresentação de uma proposta de intervenção contrária à ideia do tema exposto. É muito importante prestar atenção ao tema e elaborar uma proposta de intervenção coerente com o que foi proposto.
Para finalizar, o professor sugere tranquilidade e confiança no trabalho feito, e nada de improvisos. “É comum a angústia da prova levar os alunos a tomarem atitudes que não foram previamente testadas e treinadas. Porém, é preciso confiança no que foi decidido com a cabeça fria e com orientação. Nada de improvisar”, conclui.