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Material online ajuda aluno a se preparar

Videoaulas, podcasts e resumos online são alguns dos recursos digitais que podem ajudar os estudantes a revisarem o conteúdo na reta final para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), de acordo com especialistas. É preciso, no entanto, tomar alguns cuidados para se certificar de que as plataformas são confiáveis.

“Ferramentas online são recursos poderosos para o estudante de hoje”, diz a educadora Andrea Ramal, autora do livro Redação Excelente! Para Enem e Vestibulares.

“Elas permitem que o estudante veja a mesma matéria que estuda na sala de aula e nos livros explicada por outra pessoa. É um recurso interessante porque às vezes o estudante não tem afinidade com a maneira do professor explicar na sala de aula e, na internet, tem acesso a outros professores, a blogueiros, a youtubers falando desses conteúdos”, explicou.

As opções são muitas, gratuitas e pagas, os conteúdos podem ser em formato de vídeo, de áudio, ou mesmo textos. “E isso acaba sendo suporte, como se fosse uma aula de reforço, de revisão”, afirmou o coordenador do Curso Poliedro, Márcio de Castro Junior Guedes. “Há a possibilidade de salvar, de voltar [no caso de vídeos e áudios], de pausar, de acelerar e de, depois, retomar os conteúdos expostos”, complementou o coordenador pedagógico do Colégio Mopi, Luiz Rafael Silva da Silva.

Como aproveitar melhor
Com tantas opções, Silva ressalta que é preciso planejar os estudos. “Não é sair abrindo vídeo. É importante que se tenha planejamento, têm que ser conteúdos que complementem o que se planejou estudar a cada dia. Cada vez mais se observa que quem vai melhor no Enem é que consegue se organizar e ter uma rotina de estudos”, detalhou.

Segundo Guedes, outra estratégia é, além de assistir e ouvir as aulas, fazer exercícios para verificar se, de fato, o conteúdo foi apreendido, e não deixar os livros de lado. “Quando assistimos uma aula e entendemos, temos a falsa impressão que aprendemos. Aprender envolve estudo, entrar em contato com livros, com exercícios. Aprendemos quando temos dúvidas. Isso é fundamental. O aluno aprende em função de erros, erra e aprende”, sustentou.

A internet também pode ajudar o estudante a fazer os próprios simulados. A cerca de três semanas para o Enem, Andrea recomenda que os estudantes recorram a provas antigas do exame e que finjam que, de fato, estão fazendo o Enem. “Lidar como se fosse um simulado, resolvendo as questões em 4h30 ininterruptas, ter lanchinho e água do lado, como se fosse o dia da prova”, ensinou.

No site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) estão disponíveis todas as provas aplicadas nos anos anteriores. Na página, há também os gabaritos. Assim, os estudantes podem corrigir as próprias avaliações e conferir o que erraram.

Cuidados
Os especialistas recomendam ainda que os estudantes tomem cuidado com tudo que acessam e que chequem se os conteúdos são realmente confiáveis para que não tenham os estudos prejudicados. “Como qualquer um pode gravar e postar, a credibilidade fica muito frágil”, disse Silva. “Muitas vezes encontramos vídeos com conceitos errados. É importante buscar indicações com os professores [da escola ou cursinho]”.

Outra dica, de acordo com Guedes, caso o estudante esteja se preparando para o Enem exclusivamente com materiais digitais, é fazer pesquisas sobre os professores que estão ministrando as aulas online, buscar os currículos desses docentes e os trabalhos que já realizaram. Plataformas pagas ou mesmo gratuitas grandes tendem, segundo ele, a serem mais confiáveis.

“[Plataformas grandes] têm muito mais visualizações, recebem também mais críticas. Se o conteúdo está falho ou incompleto, tende a ser corrigido. O conteúdo e os exercícios tendem a estar mais atualizados”, disse.

O Enem 2019 será realizado nos dias 3 e 10 de novembro, em 1.727 municípios brasileiros. Cerca de 5,1 milhões de pessoas farão o exame.

Quem já concluiu o ensino médio ou vai concluir este ano pode usar as notas do Enem para se inscrever no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que oferece vagas em instituições públicas de ensino superior. Os estudantes podem ainda concorrer a bolsas de estudo pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e podendo ser beneficiados pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

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