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MBL pede em Haia prisão preventiva de Bolsonaro por genocídio

O líder do Movimento Brasil Livre (MBL), Renato Battista, denunciou o presidente Jair Bolsonaro por genocídio perante o Tribunal Penal Internacional de Haia por suas ações durante a pandemia de Covid-19.

‘Denunciei pela conduta desastrosa da pandemia e pelo fracasso de Augusto Aras em investigar o presidente; pedi a abertura de uma investigação e sua detenção preventiva’, afirmou Battista.

O processo também aponta para a culpa de Aras, o procurador-geral da República, que foi recentemente reconduzido ao cargo por recomendação de Bolsonaro.

Em seus argumentos para a acusação, o MBL afirma que Bolsonaro encorajou a propagação da doença a fim de produzir a chamada imunidade do rebanho, ou seja, quando a população é protegida contra a doença.

O presidente também é acusado de suplicar aos cidadãos que não sejam vacinados e que usem drogas sem eficácia cientificamente comprovada, tais como cloroquina.

Para o movimento, o governante também ignorou medidas de distanciamento social, apesar de estar ciente do número crescente de vidas perdidas e do colapso do sistema de saúde.

Diante das ações, de acordo com o texto, seria impossível alegar falta de informação ou ignorância da parte de Bolsonaro.

Neste sentido, a queixa aponta que o chefe de estado ‘fez tudo isso com informações científicas sólidas sobre o coronavírus, a eficácia das vacinas e a ineficácia de medicamentos como a cloroquina, assim como a necessidade de isolamento social’.

Portanto, a carta reitera que Bolsonaro teria ‘contribuído para a morte de milhares de pessoas’ no gigante sul-americano, o que até hoje causou cerca de 580.000 mortes e mais de 20,8 milhões de infecções devido ao Covid-19.

Battista também acusou a administração de ‘ignorar dezenas de e-mails enviados por grandes fabricantes como o (laboratório americano) Pfizer’ numa época em que as compras de imunizadores eram necessárias, enquanto que iniciou ‘negociações secretas para lucrar com a aquisição de vacinas através de subornos’.

O MLB, um grupo de defesa do liberalismo econômico, está pedindo que o presidente seja preso para evitar que atitudes irresponsáveis em relação à pandemia continuem a ocorrer no país.

A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil apresentou uma acusação de genocídio contra Bolsonaro em 9 de agosto no mesmo tribunal por sua irresponsabilidade na morte de nativos do patógeno.

A acusação no tribunal baseado na Holanda culpa especificamente o ex-capitão do exército pela morte de ‘1.162 pessoas de até 163 comunidades indígenas devido a sua gestão da pandemia’.

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