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Me tira dessa, pede Petro Poroshenko. ‘Não tenho nada a ver com corrupção’

Bartô Granja, Edição

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, se tornou o mais recente caso de políticos proeminentes que negaram qualquer irregularidade, diante das informações reveladas no caso chamado “Panama Papers”. O nome de Poroshenko foi vinculado a contas secretas offshore.

As revelações geram suspeitas de que entidades offshore tenham sido estabelecidas para evitar o pagamento de impostos. Poroshenko, porém, negou que tivesse tal intenção. Segundo ele, foi necessário criar uma companhia holding offshore para colocar seu negócio de doces em um truste, no momento em que ele se tornou presidente em 2014.

Poroshenko disse que havia adotado um procedimento “absolutamente normal”, ao falar durante visita a Tóquio, na qual se reuniu com o primeiro-ministro Shinzo Abe e líderes empresariais. Segundo ele, não houve nenhuma conta oculta nem qualquer irregularidade.

Documentos vazados do escritório de advocacia Mossack Fonseca mostraram uma série de operações para abertura de negócios offshore por empresários, políticos e celebridades pelo mundo. Na terça-feira, o primeiro-ministro da Islândia, Sigmundur David Gunnlaugsson, renunciou diante do caso. Ele teria usado essa estratégia para blindar recursos quando a economia islandesa estava em crise.

Os chamados Panama Papers foram divulgados a partir de um trabalho coordenado do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos. Uma figura pública implicada foi o ator indiano Amitabh Bachchan. O artista negou qualquer conexão com quatro companhias de transporte registradas em paraísos fiscais e disse que o nome dele pode ter sido usado indevidamente.

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