Os pacientes que buscam atendimento de urgência em Maceió (AL) enfrentam problemas no único hospital público que presta este tipo de atendimento na capital, o HGE. As enfermarias do hospital estão superlotadas e pacientes são atendidos no chão por falta de leitos. Diversos vídeos foram publicados em redes sociais mostrando pacientes sendo atendidos no chão.
Imagens feitas por funcionários do HGE mostram a situação crítica da área vermelha do hospital (onde estão os pacientes mais graves). Macas estão empilhadas e quase não há espaço para circulação dos profissionais para atender os pacientes. Pacientes aparecem em cima dos colchões sem lençol e um homem que teve parada cardíaca recebe socorro médico no chão.
O presidente do Sinmed, Wellington Galvão, critica a sobrecarga do HGE porque o Estado não construiu um novo “É inadmissível uma capital com quase um milhão de habitantes ter apenas um hospital público para urgência e emergência. O HGE vive superlotado e quando chamamos a imprensa, o Estado dá alta ou transfere os pacientes para a rede privada para não haver flagrante dos problemas do local”, criticou o presidente do Sinmed, Wellington Galvão.
Maceió é a única capital do Nordeste que não tem uma UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) em funcionamento, pois aguarda, há quase dez meses, o início dos atendimentos de duas unidades construídas pelo governo estadual nos bairros Trapiche da Barra e Benedito Bentes. As UPAs aguardam a contratação de duas Organizações Sociais para gerir a administração. Em março, o município prometeu que as UPAs entrariam em funcionamento nos meses de abril e de junho, respectivamente, o que não ocorreu. Cada unidade tem capacidade para atender até 450 pacientes de emergência, por dia.