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Meirelles diz que pensará em sucessão só no próximo ano

Foto/Arquivo Notibras

Célia Froufe

Em entrevista à publicação “The Banker”, uma divisão do jornal britânico “Financial Times”, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que vai pensar sobre o futuro político do País no próximo ano, ao ser questionado sobre uma eventual candidatura à Presidência da República.

A entrevista, divulgada nesta quinta-feira, 5, foi concedida no fim de setembro, quando Meirelles foi a Londres participar de uma série de reuniões com investidores interessados no Brasil. “Eu não estou pensando sobre isso no momento. Estou focado em meu trabalho como ministro da Fazenda, acho que todas as reformas estão avançando, e na retomada da economia. Penso que eu tenho que estar completamente dedicado, com 100% da minha atenção, na recuperação da atividade”, disse.

Na avaliação do ministro, o desenvolvimento político no País está se dando de “forma natural”. A esquerda, apontada por ele como constituída basicamente pelo PT, tem praticamente a mesma fatia da intenção de votos das últimas décadas. “Este é um eleitor tradicional do partido, não há surpresa, era esperado”, afirmou, citando que o crescimento foi visto nas reeleições dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

Perguntado sobre a baixa popularidade do governo Michel Temer, o ministro ressaltou que a pouca aprovação é “compreensível”. “O presidente não foi eleito, pois chegou ao poder como um resultado do impeachment, e a segunda coisa é que ele é o responsável por realizar reformas importantes, mas impopulares, como a da Previdência”, citou. “O ponto é que justamente por ele ter um curto período de mandato é que decidiu fazer o que é necessário para o Brasil, pois não concorrerá à eleição de 2018”, disse.

Meirelles enfatizou à “The Banker” que boa parte das reformas já foi finalizada. O primeiro passo foi a PEC do Teto, aprovada em dezembro, e que outra “grande reforma” foi a trabalhista. “As reformas estão andando e a nossa expectativa é a de que a da Previdência seja aprovada.”

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