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A mente que se perdeu

Menina-mulher descobre leveza das cinzas eternas

Publicado

Autor/Imagem:
Gabriela Bernardi - Foto Produção Irene Araújo

Um dia uma mente se refugiou.
Em um ensejo triste. Ela partiu.
Sem dizer adeus.
Ela passou a ser a ausência com presença.

A menina sozinha, lembrou-se:
A mente era a sua companhia.
Um alento no frio, escuridão e solidão.

Em vão,
A menina tenta segurar em suas mãos, a mente.
Que como cinzas se dissipa ao vento.

Aquele vento. Que sempre a acompanhou.
O vento que uma hora tudo destrói.
E que, outrora, faz-se brisa de acalento.

Não se seguram cinzas em dias de ventanias.
E perdê-las é encontrar o vazio.

A menina, sozinha, olha para o céu e sente o vento.
Em suas mãos, as cinzas, aos poucos, escapam.

Mas, ela ouve. Alguém lhe diz:
Acalma-te! As cinzas são infinitas!
Uma vez que, as memórias são chamas eternas.

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