Um dia uma mente se refugiou.
Em um ensejo triste. Ela partiu.
Sem dizer adeus.
Ela passou a ser a ausência com presença.
A menina sozinha, lembrou-se:
A mente era a sua companhia.
Um alento no frio, escuridão e solidão.
Em vão,
A menina tenta segurar em suas mãos, a mente.
Que como cinzas se dissipa ao vento.
Aquele vento. Que sempre a acompanhou.
O vento que uma hora tudo destrói.
E que, outrora, faz-se brisa de acalento.
Não se seguram cinzas em dias de ventanias.
E perdê-las é encontrar o vazio.
A menina, sozinha, olha para o céu e sente o vento.
Em suas mãos, as cinzas, aos poucos, escapam.
Mas, ela ouve. Alguém lhe diz:
Acalma-te! As cinzas são infinitas!
Uma vez que, as memórias são chamas eternas.