Os 12 meninos e seu treinador de futebol que foram resgatados de uma caverna parcialmente inundada na Tailândia deixaram nesta quarta-feira, 18, o hospital onde estavam internados ao norte da Província de Chiang Rai. Eles deram a primeira entrevista coletiva transmitida em rede nacional.
Sorridentes, os meninos se apresentaram à imprensa falando seus nomes e as posições em que jogam no Javalis Selvagens. Médicos, parentes e amigos cumprimentaram os jovens e o treinador.
“Hoje conseguiremos as respostas para as perguntas que temos feito, dos próprios meninos”, disse Suthichai Yoon, apresentador do programa que transmitiu a coletiva.
Os garotos ganharam cerca de 3 kg cada um desde o dia que foram resgatados, informou o diretor do hospital no qual estavam internados. Eles haviam perdido 4 kg quando estavam isolados na caverna. Time tailandês realizou “exercícios para a construção de confiança” durante a última noite na instituição, disse ele.
“O motivo de se realizar uma entrevista coletiva esta noite é que os meios de comunicação têm muitas perguntas e depois (os meninos) poderão voltar para sua vida normal, sem o assédio dos jornalistas”, declarou o porta-voz do governo, Sunsern Kaewkumnerd.
Os especialistas advertem que os jogadores da equipe Javalis Selvagens e seu treinador poderão sofrer transtornos em longo prazo, em razão da intensa experiência vivida na caverna de Tham Luang, no norte da Tailândia.
A entrevista, no entanto, não foi comum. Além de monitorada por especialistas, o departamento de relações públicas de Chiang Rai solicitou as perguntas antecipadamente à imprensa para submetê-las aos psiquiatras.
O programa chamado “Enviando os Javalis Selvagens para Casa” foi transmitido pelas principais redes de televisão durante cerca de 45 minutos, informou Sunsern.
Os médicos avisaram às famílias dos meninos que deverão evitar conversas com jornalistas durante ao menos um mês depois de voltarem para casa.
Após nove dias desaparecido, sem comida e sem água potável, o grupo foi localizado por mergulhadores britânicos a vários quilômetros da entrada da caverna inundada. Os socorristas estudaram a melhor forma de tirá-los da gruta e optaram por uma operação arriscada que implicava guiar os meninos por passagens inundadas em macas. Eles foram levemente sedados para evitar que entrassem em pânico.