Aloizio Mercadante continua à frente da Casa Civil, independente da reforma ministerial que vier pela frente, e apesar apesar da pressão de petistas e do PMDB. Foi o que a presidente Dilma Rousseff disse a ministros do PT na sexta-feira, 18. Com essa garantia, Mercadante pediu um encontro com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os dois tiveram uma conversa reservada ontem, 18, em Brasília.
O próprio Lula pregava mudanças na Casa Civil por considerar que Mercadante está desgastado, com problemas de relacionamento na base aliada e atritos com o vice-presidente Michel Temer. Amiga de Dilma, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, chegou a ter o nome cogitado para o cargo. Ela não teve, porém, apoio integral do PMDB. Além disso, Dilma avaliou que Mercadante terá papel importante para a aprovação do pacote fiscal.
Mercadante e o titular da Justiça, José Eduardo Cardozo – outro alvo das críticas de Lula por não “controlar” a Polícia Federal -, não participaram do jantar entre o ex-presidente e ministros do PT, na quinta-feira.
O último desenho da reforma ministerial ainda prevê que Ricardo Berzoini (Comunicações) fique responsável pela articulação política, em dobradinha com o assessor especial da Presidência, Giles Azevedo. Dilma ainda avalia se Berzoini assumirá a Secretaria-Geral ou se vai repaginar a Secretaria de Relações Institucionais. A ideia é que a Casa Civil tenha perfil mais técnico.
O ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, deve permanecer no cargo. O jornalista Rodrigo de Almeida, hoje assessor da Fazenda, será secretário de Imprensa do Planalto. Dilma planeja reunir as secretarias de Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos em uma pasta que pode ser batizada de Ministério da Cidadania.