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Mercado político carioca se movimenta para eleição de 2016

Apesar das eleições de 2014 ainda não terem sido totalmente digeridas, o mercado político carioca já se agita mirando o pleito para a prefeitura em 2016. Depois de muitas idas e vindas, o PT do prefeito de Maricá, Washington Quaquá, deverá selar hoje aliança de apoio à candidatura de Pedro Paulo Carvalho (PMDB), homem forte do prefeito Eduardo Paes, à Prefeitura do Rio, em 2016.

Bem-sucedido na estratégia de atrair o PT, Pedro Paulo tenta, agora, convencer o o senador Marcelo Crivella (PRB) a participar de sua chapa. Cacifado pelos mais de três milhões de votos que teve no segundo turno das eleições, em 2014, e virtual candidato à prefeitura ano que vem, o senador pode atrapalhar o caminho de Pedro Paulo.

Ciente disso, Eduardo Paes tem liderado conversas com membros da cúpula do PRB para tentar demovê-lo da ideia de ser candidato. A possibilidade de Crivella vir como vice do peemedebista foi sinalizada, mas não encheu os olhos do PRB.

Oficialmente, o presidente estadual do partido, Eduardo Lopes, nega qualquer chance de acordo. “Crivella tem capital e musculatura política para ser candidato a prefeito do Rio”, diz.

Com o PT, as negociações estão na reta final. O encontro que selará o acordo está previsto para hoje, em Maricá, entre Quaquá e Pedro Paulo. O petista entregará ao candidato de Eduardo Paes um esboço do documento com “13 propostas para um Rio popular, democrático e solidário”. A ideia é que o partido deixe apenas de ter cargos, mas possa participar de um projeto popular e de esquerda para cidade. O ex-presidente Lula também não esconde que quer o PT do Rio caminhando com o PMDB de Pedro Paulo em 2016.

A aproximação entre PT e PMDB fluminenses é considerada “natural”. Aliados no Rio, os dois partidos romperam, em 2014, depois que o senador petista Lindberg Farias decidiu disputar o governo do estado contra Luiz Fernando Pezão.

Com o PT mais manso, o esforço de Paes para facilitar o caminho de seu pupilo para a prefeitura virou-se para outros possíveis adversários. Além de Crivella, Paes tenta a adesão do senador Romário (PSB), que não esconde o desejo de concorrer à Prefeitura do Rio. O prefeito também já entabulou conversas com o DEM do vereador Cesar e Rodrigo Maia.

Antes de fechar o acordo com o PMDB de Pedro Paulo, parte do PT do Rio chegou a cogitar o lançamento do atual vice-prefeito Adilson Pires à sucessão de Paes. Outros chegaram a defender a aliança com o deputado estadual Marcelo Freixo (Psol).

PR e PDT cortejam Crivella

Crivella não é cortejado só pelo PMDB. No segundo turno, ele se aliou a Anthony Garotinho (PR), que agora tenta levá-lo para o partido. Semana passada eles estiveram juntos quando o senador apresentou projeto de resolução para amenizar os problemas dos municípios que recebem receitas dos royalties — caso de Campos, terra de Garotinho.

Já o PDT quer que Crivella seja o nome forte do partido. Comandante da legenda, Carlos Lupi milita a favor do senador e tenta convencê-lo com o argumento de que o afastamento da Igreja Universal seria benéfico em termos eleitorais. A favor do PR, pesa o maior tempo de TV. Crivella agradeceu as propostas e se mantém em silêncio.

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