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Mergulhadores localizam raias gigantes no litoral de São Paulo

Mergulhadores localizaram quatro raias mantas gigantes em uma região conhecida como Parcel Dom Pedro 2°, no litoral sul do Estado de São Paulo. Este é o primeiro registro histórico da espécie (Manta birostris) naquela área, popular entre os praticantes da caça submarina. A jamanta tem o corpo em forma de losango e uma cauda longa sem espinho, e pode atingir mais de sete metros de envergadura e pesar até 1,350 kg.

Os animais já foram catalogados no Banco Brasileiro de Mantas (BBM). O encontro foi feito após pescadores da região entrarem em contato com o Instituto Laje Viva, que mantém o projeto Mantas do Brasil, patrocinado pela Petrobras.

Além dos registros fotográficos realizados nas últimas duas semanas, os mergulhadores coletaram o muco que envolve o animal. A substância contém material genético (DNA) e serve para que os cientistas façam uma análise biológica de cada espécime. Os animais, batizados pelo projeto de “Mangini”, “Oceanógrafo”, “Juju” e “Maroca”, foram identificados pelas manchas que possuem na região da ‘barriga’, que funciona como uma espécie de código de barras.

Há dois anos que a pesca predatória de raias mantas está proibida devido ao risco de extinção da espécie. “A lei prevê sanções aos pescadores que trouxerem a bordo de suas embarcações o animal morto, ainda que por acidente”, diz a coordenadora geral do projeto, Ana Paula Balboni Coelho.

O projeto Mantas do Brasil foi criado há cinco anos para auxiliar na preservação da espécie. Para isso, biólogos e voluntários realizam programas de educação ambiental em escolas da Baixada Santista e formação gratuita de mergulhadores, profissionais ou amadores, para a identificarem o animal com uma foto do ventre.

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