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Mesmo alugado, apartamento é a cara da inquilina

Foto/Divulgação

Mudar-se para um apartamento alugado e de cara se sentir em casa não é tarefa das mais fáceis. Móveis herdados de outras moradas nem sempre se ajustam à decoração, as cores não nos representam e tudo parece estar fora do lugar. Contornar as dificuldades iniciais e ainda atender aos desejos de uma moradora que ama cor e design foi o desafio da arquiteta Marcella Monfrinatti e da designer de interiores Karina Salgado, da TWO Design, autoras do projeto de interiores deste apartamento de 150 m², nos Jardins, na capital paulista.

Detectada logo na visita inicial ao imóvel, a primeira dificuldade surgiu na forma de uma estante pendurada no teto, deixada pela antiga locatária, que em nada agradou à nova inquilina: uma empresária de 28 anos que estava indo morar sozinha pela primeira vez e, até por isso, não queria se sentir tão isolada em casa.

“Apesar de leiga, ela sempre gostou de decoração e tinha várias ideias de como o local deveria ser”, conta a arquiteta, que com aval de sua cliente optou por remover por completo o móvel, ampliando a sala. “Ela é muito alegre e prática e queria uma casa colorida e prática. Tinha que ser um lugar onde ela pudesse degustar seu vinho com prazer, sem problemas”, destaca. Assim, em todos seus espaços, o duplex se encheu de cores. As paredes da sala, antes brancas, foram revestidas de cimento queimado. Para sugerir continuidade, o mesmo acabamento se prolongou até a varanda, onde fica a churrasqueira, equipada com mesa e banquetas. Mas também o sofá e a mesa de centro, o que torna o espaço especialmente acolhedor na companhia de amigos.

Não que a decoração já tenha sido completamente concluída. “As cadeiras da sala vivem na varanda e as mesinhas tripés, que ficam ao lado do sofá, também são fáceis de locomover”, destaca Karina. “A moradora é uma pessoa muito antenada, que viaja muito. Este lado dinâmico de sua personalidade acabou se refletindo na decoração”, conta.

Não por acaso, a suíte principal exibe cores fortes e decoração marcante, enquanto o quarto de hóspedes, destinado a abrigar uma clientela mais variada, a atmosfera é leve e feita com base em tons mais neutros. “Enquanto viajava, ela ficava mandando fotos perguntando se tal objeto combinava com a decoração”, lembra Marcella, que em todo o processo contou com a participação da empresária. “Isso torna este apartamento tão especial. O colorido, o toque jovial, os objetos. Tudo como ela sempre quis.”

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