O México realizou neste domingo, 2, suas eleições presidenciais, além de eleger todos os 500 membros da Câmara de Deputados e os 128 membros do Senado. O pleito foi notável por várias razões, especialmente pela histórica disputa entre duas mulheres para a presidência.
Claudia Sheinbaum, representando a coalizão de esquerda “Vamos Continuar Fazendo História”, liderada pelo partido Morena, foi a vencedora com quase 60% dos votos, tornando-se a primeira mulher e a primeira pessoa de origem judaica a ocupar a presidência do México.
Sheinbaum é vista como a sucessora de Andrés Manuel López Obrador (AMLO) e promete continuar suas políticas, que incluem programas sociais expansivos e grandes projetos de infraestrutura, como o Trem Maya.
Do outro lado, a principal oponente foi Xóchitl Gálvez, da coalizão conservadora “Força e Coração para o México”, que inclui o Partido de Ação Nacional (PAN), o Partido Revolucionário Institucional (PRI) e o Partido da Revolução Democrática (PRD). Gálvez fez uma campanha forte com foco no combate à violência e à corrupção, criticando a administração da AMLO por sua abordagem de segurança pública.
Jorge Álvarez Máynez, do partido Movimento dos Cidadãos (MC), também participou da corrida presidencial, mas com menor destaque nas pesquisas e resultados finais pífios.
As eleições ocorreram em um contexto de significativa violência, com vários candidatos a cargos locais sendo assassinados, o que refletiu a contínua luta do México contra o crime organizado e os cartéis de drogas.
Além da eleição presidencial, os eleitores também renovaram a totalidade do Congresso. Esta eleição marcou a primeira vez que os membros do legislativo poderiam concorrer à reeleição em eleições subsequentes, uma mudança significativa no sistema político mexicano.
Em resumo, a eleição de 2024 no México foi um evento marcante, destacando-se pela eleição de Claudia Sheinbaum como a primeira presidente mulher e pela persistente influência da esquerda comandada pela AMLO na política do país.