As cooperativas de transporte público decretaram greve na madrugada desta quarta-feira (15). Motoristas e cobradores exigem equiparação salarial com categorias de ônibus convencionais. O grupo também quer aumento do tíquete-alimentação e da cesta básica, além de diminuição em 40 minutos da carga horária. As cinco empresas atendem diariamente 300 mil passageiros.
A paralisação começou às 4h, horário em que as cooperativas começariam a rodar. De acordo com o presidente do sindicato da categoria, Diógenes Santos, as conversas com o Executivo não têm avançado, e as cooperativas reclamam de receber tratamento diferenciado em relação às empresas convencionais. São ao todo 1,6 mil funcionários – entre motoristas, cobradores, mecânicos e despachantes.
“O governo alega que não tem condições de dar aumento agora, mas não sei qual é a deles. A categoria só volta quando tiver garantia, não dá mais para trabalhar desse jeito”, afirmou o sindicalista. “Em alguns casos a diferença de salário é o dobro.”
Segundo Santos, motoristas de cooperativas ganham R$ 1.171, contra os R$ 2,1 mil recebidos pelos funcionários das empresas tradicionais. Já cobradores têm remuneração de R$ 840, enquanto os equivalentes ganham R$ 1,2 mil. Ele não soube informar os salários dos mecânicos e despachantes.
Entre as regiões mais afetadas pela paralisação estão Planaltina, Itapoã, Sobradinho, Paranoá, Samambaia, Recanto das Emas, Ceilândia e Brazlândia. As cinco cooperativas que rodam no DF são Cootarde. Coopertran, Cobrataete, Cootransp e Coopatag.