A Associação das Cooperativas e Permissionárias de Transporte Público Coletivo querem a equiparação do preço das passagens cobradas nos micro-ônibus com as tarifas praticadas pelas empresas de ônibus em circulação no Distrito Federal.
Em reunião nesta segunda-feira (18), no Palácio do Buriti, representantes do movimento pleitearam ao governo de Brasília um subsídio para complementar a diferença das tarifas nos veículos menores, atualmente fixadas em R$ 1,50 e R$ 2,00. Em Ceilândia, por exemplo, as empresas de ônibus cobram dos usuários R$ 1,50 – e o governo complementa com mais R$ 3,25 por passageiro.
A categoria prepara um documento com essa e outras reivindicações, que deve ser encaminhado ao Executivo até a próxima quinta-feira (21). Antes de serem recebidos pelo assessor jurídico da Secretaria de Relações Institucionais e Sociais, Saulo Rocha, motoristas de 40 micro-ônibus percorreram o Eixo Monumental como forma de protesto e pararam em frente ao Palácio do Buriti por cerca de uma hora.
De acordo com Saulo Rocha, as reivindicações serão levadas ao secretário da pasta, Marcos Dantas, já que as demandas envolvem recursos e, no momento, existe a dificuldade orçamentária pela qual passa o governo. “Vamos buscar soluções em conjunto com as cooperativas”, garante. Após receber o documento com as reivindicações, a Secretaria de Relações Institucionais e Sociais pretende envolver a Secretaria de Mobilidade (Semob) e o Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) nos debates.
Segundo a presidente da Associação das Cooperativas e Permissionárias de Transporte Público Coletivo, Marlene Chagas, Brasília tem cerca de 500 micro-ônibus que geram três mil empregos diretos. “Nossa luta é por tratamento igual em relação às empresas de ônibus”, pondera.
Atualmente o sistema de transporte público de Brasília conta com 3.100 ônibus (gerenciados por seis empresas) e micro-ônibus (administrados por cooperativas) divididos entre as cinco bacias responsáveis pelo transporte público no DF. Cada bacia corresponde a determinado número de regiões administrativas, tanto na área urbana quanto na rural.
As cooperativas são encarregadas do transporte circular no Plano Piloto e em todas as regiões administrativas, e recebem mensalmente um repasse de R$ 5 milhões para realização do serviço. A Secretaria de Relações Institucionais e Sociais pondera que a mudança na cobrança tarifária aumentaria muito a concessão desse montante, o que também afetaria diretamente o caixa do governo.
Ádamo Araujo, Agência Brasília