O major-brigadeiro (equivalente a general três estrelas) Jaime Sanchez, que costuma dirigir críticas aos poderes Judiciário e Legislativo, apontou sua metralhadora giratória nesta sexta, 12, para a “mídia desmamada”, representada, segundo ele, pelas Organizações Globo; para o Supremo Tribunal Federal (mais uma vez); e ainda para a Ordem dos Advogados do Brasil.
Defensor intransigente de gestos e palavras de Jair Bolsonaro, o militar virou escudo, desta vez, para a tese do presidente da República de colocar um representante do segmento evangélico no STF, decisão que, observou Sanchez, ‘deixou a Globo escandalizada’.
Jaime Sanchez ironizou profissionais da Globonews, que “enchiam a boca para alardear que a ‘Constituição Cidadã’ exige que o novo ministro tenha reputação ilibada e seja de notável saber jurídico, não importando sua religião e o time para o qual torce”.
Depois de criticar “a amnésia esquerdista doentia”, os jornalistas, ainda de acordo com o major-brigadeiro, “esqueceram-se de que os presidentes da República, após a ‘redemocratização’, utilizavam como critérios principais a ideologia ou proximidade do candidato com o rei, nomeando parentes, advogados de porta de cadeia (cadeias de luxo, é claro) e juízes sem diploma ou sem currículo, ou seja, ‘terrivelmente’ incompetentes e inidôneos”. E todos, acentuou, “passaram na sabatina do covil de Ali Babá”, como ele se refere ao Congresso Nacional.
Sobre os dois ministros que Jair Bolsonaro terá direito a indicar para compor o Supremo durante seu mandato, Jaime Sanchez disse esperar que sejam o ministro Sérgio Moro, da Justiça e Segurança Pública, e o juiz federal Marcelo Bretas, responsável pela Lava Jato no Rio de Janeiro. Se agir assim, afirmou, o presidente dará “um passo decisivo para que aquela Casa (o STF) deixe de ser a Suprema Casa da Mãe Joana”.
Leia a seguir outros trechos do texto de Jaime Sanchez publicado nas redes sociais:
Bolsonaro e Marielle – Alio-me à indignação do Presidente Bolsonaro que questionou: “que justiça é essa?”, referindo-se à forma como a OAB vem-se comportando em relação ao atentado que sofreu antes de ser eleito. É aviltante a diferença de tratamento dispensada por parte da justiça e pela mídia, em termos de empenho e publicidade, para ocorrências similares de ataque a autoridades públicas, nos casos da vereadora Marielle Franco e do deputado federal, hoje presidente da República, Jair Bolsonaro.
Zaps vazados – Da mesma forma, nas ações que vêm empreendendo no caso dos vazamentos dos diálogos envolvendo o ministro Sérgio Moro e o procurador Dallagnol. Enquanto o órgão máximo determinou, arbitrariamente, a invasão da casa de um general do Exército (Paulo Chagas), sentindo-se ofendido por serem alguns dos seus membros acusados de algo com que toda a sociedade concorda, outra parte do Judiciário se esforça para minimizar e desvirtuar a essência do crime cometido por um jornalista estrangeiro contra um ministro de Estado, tentando distorcer e influenciar na interpretação do conteúdo de mensagens provavelmente adulteradas e vazadas ilegalmente.
OAB esquerdista – A OAB é um dos órgãos mais “aparelhados” pelos governos de esquerda e vem, juntamente com um grupo de advogados que professam a mesma ideologia, exercendo um papel cada vez mais agressivo na luta em favor da criminalidade institucionalizada e contra a limpeza que está sendo efetuada pela operação Lava-Jato. Seu papel estava bem definido pelo artigo 17 do decreto nº 19.408 de 1930, que a criou, como órgão de disciplina e seleção da classe dos advogados. A lei nº 4.215, de 1963, manteve o mesmo espírito no artigo 1º: a Ordem dos Advogados do Brasil é o órgão de seleção disciplinar e defesa da classe dos advogados em toda a República. Já sob a égide da “redemocratização”, a OAB começou o seu “aparelhamento”, recebendo atribuições desproporcionais ao seu objetivo, equivalentes às do STF. A lei nº 8.906/94, no artigo 44, altera a sua finalidade: “defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado democrático de direito, os direitos humanos, a justiça social…”. Complementa, ainda, o parágrafo 1º: “A OAB não mantém com órgãos da administração pública qualquer vínculo funcional ou hierárquico”. E sob esse manto, encerra Jaime Sanchez, “a Ordem, através dos seus membros infiltrados pela esquerda, tem proporcionado um combate ferrenho contra qualquer tentativa de livrar o Brasil das garras do crime institucionalizado”.