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Artigo 142

Militares ligam sinal de alerta na crise da Covid

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Autor/Imagem:
Major-brigadeiro Jaime Sanchez

A segunda-feira, 6 de abril, foi o dia de maior tensão do governo Bolsonaro. A perspectiva de demissão de Luiz Henrique Mandetta conseguiu unir eleitores e não eleitores do presidente em dois grupos bem definidos: os que queriam e os que não queriam o afastamento do ministro da Saúde.

Nos diálogos das redes sociais ficava bem clara essa divisão, que confundia-se em argumentos fundamentados em questões sanitárias ou econômicas, refletidas no pânico causado pelas previsões catastróficas de ambos os cenários, maximizadas pela mídia desmamada. Segundo ela, estamos entre o apocalipse e a bancarrota.

Independentemente da efetividade da aplicação do isolamento horizontal ou vertical, as declarações do presidente contraditórias à política adotada pelo Ministério da Saúde para combater a pandemia traziam constrangimento, inclusive entre nós, defensores dos objetivos que nortearam sua campanha eleitoral e das ações adotadas pelo governo para atingi-los, a começar pela honestidade de propósito e a qualidade da equipe que escolheu.

A troca da equipe que enfrentava a epidemia, num momento em que ela, a exemplo dos outros países, está prestes a apresentar sua escalada no número de infectados, devido à aplicação dos milhões de testes que estão sendo adquiridos, iria permitir que a sucuri (Supremo) e as hienas (Congresso) emprenhassem pelos ouvidos o exército de leigos e analfabetos políticos, atribuindo essa escalada ao presidente Bolsonaro, pela demissão do ministro Mandetta.

Felizmente, reinou o bom senso e a equipe continua enfrentando a dura batalha que trava, ombro a ombro, junto a diversos outros setores do governo, para derrotar o maior desafio da nossa geração.

Não tenho dúvida. Essa guerra está sendo travada em dois campos de batalha: a sanitária e a econômica; e a vitória ou derrota em qualquer desses campos serão creditadas ou debitadas ao governo Bolsonaro e irão traçar não só o destino político do presidente, mas a sobrevivência da democracia no Brasil.

Essa crise no Planalto exacerbou e escancarou uma conjuntura extremamente mais grave que a demissão de um ministro: uma tentativa de isolamento do presidente e da criação de um governo paralelo.

Aproveitando-se desse grave momento, os inimigos do governo e do país, aqueles que cinicamente discursam apregoando a harmonia, anunciaram publicamente a reprovação de tal ato por parte do Executivo, através dos presidentes do Congresso, Davi Alcolumbre, e do STF, Dias Toffoli.

Essa atitude, na prática, contraria o art. 2º da Constituição Federal, segundo o qual “são poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.”

Esse comportamento corresponderia a uma interferência do Presidente na Suprema Corte contra, por exemplo, a decisão do plenário de impedir a prisão após 2ª instância ou do Congresso Nacional de afastar um deputado ou senador do seu partido.

Na mesma linha de conduta, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, ataca cotidianamente o presidente Bolsonaro para desgastar sua imagem, como na entrevista à rede Bandeirantes, onde declarou que Bolsonaro falou absurdos sobre o coronavírus, que empresários patrocinam um gabinete do ódio nas redes sociais em seu favor e contra os demais poderes e que existe muita irresponsabilidade comandada pelo Presidente da República.

A escalada crescente de ações dessa natureza está tornando insustentável a governança do país e ameaçando seriamente o estado democrático de direito.

O ambiente político está caminhando rapidamente para uma perigosa situação de confronto e ruptura, onde o poder emanado do povo e o dever das Forças Armadas de defesa da Pátria e garantia dos poderes constitucionais serão a única saída possível, amparada nos artigos 1º e 142 da Constituição Federal.

Brasil acima de tudo, Deus acima de todos.

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