O show
Milton Nascimento diz por quê ‘Mais Bonito Não Há’
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emMilton Nascimento e Tiago Iorc estreiam parceria nos palcos. Nesta entrevista Milton fala sobre o show ‘Mais Bonito Não Há’ e o encontro com o novo parceiro musical.
Quando você passou a se interessar pelo trabalho do Tiago e como foi a aproximação de vocês?
Conheci o Tiago pela televisão, ouvi várias músicas e gostei bastante. Então pedi ao meu filho, Augusto, que tentasse um encontro. Foi aí que nosso amigo Marcus Preto (produtor) entrou na história. Ele fez a ponte e apareceu aqui em casa com o Tiago Eles passaram vários dias em Juiz de Fora, daí começou tudo, a amizade, a parceria, a gravação da nossa primeira música, o videoclipe, até chegar nesses shows que vamos fazer agora.
De que forma surgiu a música ‘Mais Bonito Não Há’? Há alguma história interessante por trás dela?
Tiago chegou pra mim e falou: “Bituca, escreve aí qualquer coisa que vier na sua cabeça. Uma frase, uma mensagem bonita, enfim, qualquer coisa que você tiver vontade”. Simples assim. E foi aí que começou mesmo esse lance da música né… O negócio foi tão natural que quando eu vi a gente já tinha tudo pronto. ‘Mais Bonito Não Há’ nasceu do jeito que tinha que ser, de uma amizade
O show será só com as vozes e os violões de vocês. Como vocês definiram este formato?
Tudo isso nasceu aqui em Juiz de Fora, das conversas que a gente tinha entre Tiago, meu filho, e eu. Logo depois daquela primeira vez, o Tiago começou a vir muito pra minha casa, e foi quando o show foi tomando forma. A gente se juntava pra tocar, conversar, lembrar histórias, e o que acontecia somente aqui em casa agora vai pro palco.
Como o repertório foi definido, diante do seu vasto catálogo musical? Você vai cantar alguma música do Tiago com ele?
Vamos cantar o trabalho dos dois. E em quase todas com a gente dividindo os vocais, em músicas minhas como ‘Nos Bailes da Vida’, ‘Travessia’, ‘Bola de Meia, Bola de Gude’, ‘Ponta de Areia’, e também em sucessos do Tiago como ‘Amei Te Ver’, ‘Um dia Após o Outro’ e ‘Alexandria’.
Recentemente, sua aparição no Festival da Canção com Travessia fez 50 anos. Estar no palco hoje tem o mesmo frescor do que naquele tempo?
Aconteceu um lance comigo em 2017 que eu jamais pensei que poderia viver algo parecido nos dias de hoje. O negócio é o seguinte: eu nunca fui tão feliz no palco como sou agora. E esse ano foi de muita alegria pra mim, e foi um lance tão forte de amizade, tanto aqui em casa como quando estou junto com o pessoal que viaja comigo pros shows, que isso tem me feito um bem tão grande que eu nem sei como te dizer.