No vasto céu de anil, no jardim da minha existência, no tempo certo uma estrela brilha faiscante.
Em cada estrada percorrida, meu coração bate fora do ritmo, minha alma canta enquanto caminho por campos floridos e perfumados.
O vento sussurra palavras em meus ouvidos, cada eco uma lembrança, um verso escrito que o tempo não apaga.
Escrevo rimas que o tempo teceu, que apenas meu amor viveu, tristezas e felicidades que a vida ditou em minha jornada.
Então sinto a brisa beijar minha face, uma borboleta voa e pousa em minha cabeça, o sol me abraça e lágrimas molham meu rosto.
Caminho entre as flores primaveris, a cada batida meu coração se aquieta mais, os versos me envolvem enquanto descanso sob a sombra de uma majestosa árvore.
Adormeço por um curto espaço de tempo, olho para o céu, que está lindo e cheio de tons dourados e vermelhos.
Ouço rios cantando minha história que há muito foi escrita, árvores revelam segredos nunca imaginados, entre sombras e medos caminho sem tocar o solo.
Ouço ecos sem entender, são montanhas que mandam escrever, meu espírito dança uma valsa de paz, o deleite é o máximo.
Neste instante mágico passeio entre nuvens que tocam meus sentimentos mais ocultos.
O mundo agora nada mais é que meus sonhos e meu espírito.
Minha alma dita poesias que guardei para presentear meu amor.
A lua majestosa resplandece no céu me guiando, me levando para a eternidade do meu viver.
Minha existência é curta, preciso deixar versos, diz a lua enquanto me leva a passear pelo mundo dos deuses.