O teste da versão digital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não será feito neste ano. O edital previa a convocação de candidatos treineiros – do 1º e do 2º ano do ensino médio – para fazer a avaliação no modo online ainda em 2015, mas a proposta não foi adiante. A substituição da prova impressa, para especialistas, é uma tendência para o Enem, o mais importante vestibular do País.
O Instituto Nacional de Pesquisas e Estudos Educacionais (Inep), órgão do Ministério da Educação (MEC) responsável pela prova, confirmou que não haverá o teste, mas não detalhou se a inovação é planejada para 2016. Debate antigo no MEC, a ideia do Enem online foi retomada em janeiro pelo então ministro Cid Gomes, que durou menos de três meses no cargo. Depois disso, a pasta já foi comandada por Luiz Cláudio Costa, Renato Janine Ribeiro e, agora, Aloizio Mercadante.
No começo do ano, Gomes cogitava aplicar o Enem digital para todos os candidatos já em 2015. A hipótese, porém, foi descartada e o edital fixou a possibilidade de experimentar a versão online com os treineiros. Em março, a pasta chegou a abrir uma consulta pública para reunir sugestões sobre o Enem online, que recebeu 36,5 mil sugestões. Depois disso, não divulgou o andamento dos estudos.
Um exame digital não precisaria ser realizado em um fim de semana. Em salas credenciadas pelo MEC, cada candidato poderia fazer uma prova diferente: são dadas perguntas mais difíceis até que ele erre e fique definido o patamar de conhecimento. Esse modelo, dizem especialistas, é até mais preciso para medir proficiência. Para o Enem online, o MEC também já admitiu que é necessário aumentar seu banco de questões.