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Ministério Público faz novas denúncias contra gangue da Lava Jato. Doleiro movimentou 10 bi

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O Ministério Público Federal apresentou novas denúncias contra suspeitos de envolvimento da Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), à Justiça Federal do Paraná. O ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, o lobista Fernando Soares – conhecido como Fernando Baiano –, o doleiro Alberto Youssef e o executivo da Toyo Setal Júlio Camargo vão responder por seus crimes.

Os quatro são suspeitos, conforme a denúncia, dos crimes de corrupção contra o sistema financeiro nacional e lavagem de capital entre 2006 e 2012. De acordo com o MPF, Fernando Baiano e Nestor Cerveró são suspeitos de receber US$ 40 milhões de propina nos anos de 2006 e 2007 para intermediar a contratação de navios-sonda para a perfuração de águas profundas na África e no México. Fernando Baiano era representante de Nestor Cerveró no esquema, ainda segundo a denúncia.

O pedido dos procuradores é de que os denunciados paguem R$ 296 milhões de devolução das propinas e também de indenização pelos prejuízos causados à estatal.

Na denúncia, consta que Fernando Baiano fez “acertos” com Júlio Camargo e que “não há qualquer dúvida” de que o lobista tenha repassado valores ao então diretor da área Internacional Nestor Cerveró, cuja participação foi fundamental para que negócios da Petrobras com empresas fossem efetivados.

“O acordo foi no sentido de que inicialmente Júlio Camargo remeteria os valores que se destinavam ao pagamento de propina para o exterior em contas bancárias no nome das suas empresas Piemonte e Treviso. Na sequência, Alberto Youssef contrairia empréstimo para a offshore Devonshire junto a mesma instituição financeira estrangeira e apresentaria como garantia do empréstimo os mesmos valores remetidos e depositados nas empresas de Júlio Camargo fora do Brasil. Finalmente, Youssef utilizaria os valores obtidos no empréstimo e os faria reingressar no Brasil por meio de investimentos simulados na empresa GFD Investimentos”, diz um trecho da denúncia.

O doleiro Alberto Youssef é, segundo as investigações, o “cabeça” do esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões. Ele está preso na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, desde março deste ano, quando a operação foi deflagrada. Alberto Youssef já é réu em outros processos originados da Lava Jato.

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