O procurador geral de Justiça do Estado Rio de Janeiro, Marfan Vieira, recebeu nesta quinta-feira (25) oito integrantes de blocos de carnaval não autorizados que foram agredidos pela Guarda Municipal.
Ele ouviu o relato na companhia do promotor Homero Freitas Filho e anunciou que o MP vai apurar o que aconteceu: “Acho que as agressōes relatadas foram gravissímas. Há uma evidente desproporção do que se pretendeu reprimir e a forma como se deu a repressão e isso se caracteriza ilícitos penais que serão apurados pela Promotoria de Tutela Coletiva”.
Participaram do encontro sete foliões que estavam no Tecnobloco no dia 12 de fevereiro, na Praça Mauá, e o argentino Ernesto de Santis, que participou do bloco de abertura não oficial do carnaval carioca. Ele relatou agressão por parte da Guarda Municipal, no dia 3 de fevereiro, no desfile do bloco da Abertura não Oficial do carnaval, na Praça 15.
O jornalista Bernardo Tabak, agredido no Tecnobloco, liderou o grupo e apresentou uma lista de questionamentos sobre os motivos da violência da Guarda Municipal. Entre os itens estão: a mercantilizaçao do carnaval, a repressão aos blocos não oficiais, a banalização de armas letais e ainda o que eles estão chamando de “proteção exarcerbada da Praça Mauá”.
O promotor Homero Vieira disse que vai até as delegacias para verificar o que foi registrado. “Tudo tem que ser apurado, bem apurado”, disse.