Ex-primeira-dama de Mato Grosso e ex-titular da Secretaria de Trabalho e Assistência Social (Setas), Roseli Barbosa obteve no final da tarde desta quarta-feira (26) um Habeas Corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, para deixar a prisão em Cuiabá após seis dias reclusa.
Ela foi presa na última quinta-feira por conta das investigações da operação Arqueiro, do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco). Esposa do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), Roseli é acusada de liderar um esquema de desvio de dinheiro público da Setas.
A decisão deferindo o pedido de Habeas Corpus foi proferida pelo ministro Reynaldo Soares da Fonseca. O pedido havia sido protocolado pela defesa no dia anterior após uma derrota na Justiça estadual, quando o primeiro pedido de Habeas Corpus foi negado pelo desembargador Rondon Bassil Dower Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
Por conta da derrota, a defesa de Roseli preparou um novo pedido de liberdade ao STJ e protocolou ainda nesta quarta-feira um pedido de reconsideração no TJMT.
Os advogados de Roseli consideraram que sua prisão foi uma medida “excessiva” e “flagrantemente ilegal”, uma vez que a ex-secretária já vinha respondendo à acusação do Ministério Público em processo que tramita desde o ano passado, fruto da operação Arqueiro. Além disso, a defesa nega as acusações e o próprio ex-governador chegou a emitir nota rechaçando a possibilidade de ter ocorrido qualquer esquema de corrupção na Setas durante sua gestão.