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Mirza, a Mulher Vampiro, fica órfã de pai com a morte de Zalla, rei dos quadrinhos

Um dos maiores nomes dos quadrinhos no Brasil, Rodolfo Zalla morreu aos 84 anos em São Paulo. O enterro aconteceu neste domingo (19), no Cemitério do Morumbi, na capital.

Argentino radicado no Brasil, Zalla foi considerado um dos ícones do quadrinho de terror. No gênero, criou a personagem Nádia, a filha de Drácula.

Ele também foi um dos artistas responsáveis pela arte de Targo (uma cópia de Tarzan) e pela reformulação do Escopião (criado como um plágio do Fantasma de Lee Falk), ambos pela Editora Taika. Na mesma época, criou a personagem Mirza, a mulher vampiro, que marcou toda sua carreira.

Zalla trabalhou em todas as grandes editoras de quadrinhos, chegando a fundar sua própria editora, a D-Arte, para lançar clássicos como “Calafrio” e “Mestres do Terror”.

Apesar de formado em arquitetura, sua verdadeira paixão era o desenho. Ainda na Argentina, com 18 anos juntou-se ao estúdio de Carlos Clémen. Começou sua carreira em 1953, colaborando com revistas como Patoruzito, Hora Cero e Frontera. Em função da crise editorial Argentina, em 1963, veio para o Brasil. Começou a trabalhar na agência de Barbosa Lessa com romances em quadrinhos.

Em 2012, foi lançado o DVD “Ao Mestre com Carinho”, um documentário produzido pelo cartunista Marcio Baraldi, que conta a história do quadrinista. O filme é um longo bate papo com o próprio Zalla, que divide toda sua experiência de vida e mostra alguns de seus memoráveis trabalhos.

O filme foi premiado na 25ª edição do HQMIX, o “Oscar brasileiro dos quadrinhos”.

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