Os misteriosos pontos brilhantes no planeta anão Ceres estão de volta.
A sonda Dawn, da Nasa, chegou a este pequeno mundo em 6 de março e, agora, está se instalando em sua primeira órbita, a cerca de 13,5 mil quilômetros de sua superfície.
A aproximação da sonda foi feita pela parte de trás de Ceres, por seu lado “noturno”, o que ocultou os pontos luminosos de seu sistema de câmeras e de instrumentos de detecção remota.
Mas, a cada dia que passa, uma porção cada vez maior do solo iluminado pelo Sol pode ser vista por Dawn, o que inclui um de seus aspectos mais enigmáticos.
Uma nova sequência de imagens foi feita há uma semana, quando a sonda ainda estava a 22 mil quilômetros da superfície.
E ela mostra claramente um ponto mais brilhante em meio à paisagem escura.
A equipe científica da missão da agência espacial americana se refere a ele como região cinco ou ponto cinco.
Não se sabe ao certo por que estes pontos refletem a luz solar desta maneira, em comparação com seu entorno.
Acredita-se que pode ser por causa da presença de gelo, mas o gelo não seria estável em planeta sem atmosfera.
Outra hipótese é que seja sal, talvez deixado para trás depois que o gelo na superfície se evaporou.
O mais intrigante é que nem todos os pontos brilhantes de Ceres são da mesma natureza.
Outro ponto, conhecido como região um, é muito mais frio que o terreno que o rodeia, algo que não ocorre com o região cinco.
Chris Russell, pesquisador da missão, disse à BBC que o segredo pode estar na composição da superfície.
“Um material diferente neste ponto conduz calor de forma diferente em comparação com a outra área”, afirmou.
A sonda fará uma intensa observação a partir desta semana. Os resultados estarão disponíveis a partir de maio.
Só então os cientistas poderão dizer com mais precisão o que de fato ocorre em Ceres e com seus pontos luminosos.