A economia brasileira desabou. Encolheu 1,9% no segundo trimestre (abril, maio e junho), o pior resultado desde o início de 2009. No primeiro trimestre (janeiro, fevereiro e março) a retração foi de 0,7%. Os especialistas em economia estimam que no terceiro trimestre (julho, agosto e setembro), o PIB fique negativo entre 0,5% a 2%. As projeções apontam para contração neste ano entre 2,5% e 3%. Para 2016, a previsão é uma queda próxima de 1%. Assim, tecnicamente, o Brasil está em recessão.
Confirmando todas essas estimativas do IBGE, será a primeira vez, em 85 anos, que o Brasil terá retração da economia por dois anos seguidos. A última vez que isso aconteceu foi em 1930 e 1931, período do golpe que conduziu Getúlio Vargas ao Poder.
O Banco Central divulgou na semana passada que as contas de todo o setor público, incluindo o governo federal, estados e municípios, registraram nova deterioração no mês de julho. Houve déficit primário (receitas menos despesas) de R$ 10 bilhões, ou seja, o governo gastou mais do que arrecadou. É o ajuste fiscal indo para o ralo.
Segundo previsões dos economistas e cientistas políticos, para ser recolocado nos trilhos do crescimento o Brasil precisará de pelo menos três anos de políticas econômicas severas e responsáveis. Mas eles também entendem ser muito difícil isso acontecer se a presidente Dilma continuar à frente do governo.
Com a economia na lona, o Brasil ficou mal no ranking mundial de crescimento. Em uma lista de 35 nações ficou na frente apenas da Rússia, que tombou 4,6% devido ao embargo econômico ao qual foi submetida, e da Ucrânia, que encolheu 14,7% ao ser devastada por uma guerra civil. O Brasil está caminhando para uma crise semelhante à Grande Depressão dos anos 1930.
Esse rombo espetacular da nossa economia resulta dos problemas criados pela presidente Dilma e sua equipe econômica, chefiada por Guido Mantega no seu primeiro governo. E, claro, mais as promessas não cumpridas feitas durante a campanha da reeleição em 2014, culminando com a atual e grave crise política brasileira.
O Brasil vive hoje a perversa combinação da inflação voraz (chegando a 10%), juros elevados, contas públicas em frangalhos, crédito escasso, fuga dos investimentos, somada a crescente impopularidade da presente Dilma.