Três das quatro moedas armazenadas no Museu Hunterian, na Escócia, nos últimos dois séculos, retratam imperadores conhecidos, mas a quarta retrata um homem misterioso. Seu nome, Sponsian, é bastante interessante, pois foi mencionado apenas em uma inscrição funerária romana.
Além disso, esta inscrição foi escavada depois que as moedas foram descobertas. Portanto, no momento da descoberta das moedas, um hipotético falsificador não tinha outras fontes onde pudesse encontrar esse nome.
As moedas, no entanto, são compostas de uma liga de ouro, prata e cobre. Isso difere de duas moedas romanas genuínas usadas para comparação, que são essencialmente de ouro puro, resultando em mais dúvidas sobre a sua autenticidade.
“Depois de descobertas, essas moedas foram inicialmente aceitas como genuínas antiguidades e as chamadas imitações ‘bárbaras’ de moedas romanas… falsificações modernas ridiculamente imaginadas”, explica o artigo da pesquisa.
No entanto, uma nova análise, conduzida com imagens ultravioleta, luz visível e microscopia eletrônica de varredura, provou que “os tokens tiveram uso e circulação extensivos entre outras moedas e não foram arranhados deliberadamente para imitar o uso. Pedaços minúsculos de solo cimentados sobre as superfícies apóiam a afirmação de que os artefatos realmente ficaram enterrados por um longo período de tempo.”
Essa descoberta permite que os historiadores sugiram que ele [Sponsian] era provavelmente um comandante do exército na isolada província romana da Dácia durante a crise militar da década de 260 EC. “Ele governou a Dácia em uma época em que o império estava cercado por guerras civis e as fronteiras foram invadidas por invasores saqueadores”, conclui Paul N. Pearson, da University College, em Londres, principal autor do artigo.
Essa teoria fornece uma explicação suficiente, tanto para o fato de que Sponsian nunca apareceu em nenhum registro oficial romano quanto para a estranheza das moedas.