Cinco de la matina
Monólogo de notívago faz acordar até quem opera robô do 0800
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Vontade de escrever na madrugada.
Falar com vocês de alguma forma.
Na madrugada, sozinho é assim.
A gente fica carente de gente.
Quem sabe um toque, uma mensagem.
Alguém do lado de lá dizendo apenas “OI”
Vontades de trocar informações
Dizer papara o outro
“Eu te amo e não Amo-te”
Porém, na madrugada a vida é mesmo assim
Vontades e desesperos de gentes
Sentimentos transparentes
Que ficam tão insólitos, além
E quando a luz do dia chega
Nos acordam feito patetas
E as tetas do Sol nos aquece
Nos dão sentidos e a tudo enlouquecem
Os dias, a vida, a corrida do tempo
Dos dias que nos esbofeteiam assim
Tão lentos, tão lentos
E vamos e vamos e vamos
E se não vamos, nada irá
Além do tempo e da matéria
E depois: saberá o que fará?
Quem sabe um toque, uma mensagem
Uma miragem de mar ou de um oásis
Califas que passam ou Bandidos no deserto
Ventos que batem
Visões de água límpida em deserto incerto
E o futebol ajuda a madrugada
Na tela do notebook
Assisto as jogadas
E penso na vida como ludopédio
E nada, e nada, e nada: GOLLLLL!
