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Moody’s segue agências, rebaixa a nota e cresce a onda de Brasil, o país do calote

Karla Spotorno

A decisão da nota soberana pela Moody’s surpreendeu pelo rebaixamento duplo – em dois graus de uma vez só – e marca por ser a última entre as três principais agências de classificação de risco a colocar os títulos da dívida brasileira na categoria de grau especulativo. Com a ação, o Brasil perde o rótulo de bom pagador e, assim, é excluído da cesta de países em que vale a pena investir.

A primeira agência que retirou o grau de investimento do País foi a Standard & Poor’s. O rebaixamento veio no dia 9 de setembro do ano passado, quando a S&P cortou em um grau (de BBB- para BB+). Em julho, a agência já havia alertado analistas do mercado financeiro quando, no dia 28, havia alterado a perspectiva da nota para negativa.

A segunda ação de classificação do Brasil como mau pagador aconteceu no dia 16 de dezembro pela Fitch. A agência alterou o rating do Brasil de BBB- para BB+, com perspectiva negativa.

Na semana passada, a Standard & Poor’s decidiu reduzir a nota brasileira em mais um grau. No dia 17, a S&P mudou o rating de longo prazo em moeda estrangeira do País de BB+ para BB com perspectiva negativa.

A decisão dupla da Moody’s chega em um contexto político delicado. Nesta quarta-feira, 24, João Santana, marqueteiro das campanhas eleitorais da presidente e Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prestará depoimento para a Polícia Federal. Além disso, o vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, afirmou que é possível incluir novas provas, colhidas no âmbito da Operação Lava Jato, no processo que pede a cassação do mandato da presidente da República e do vice, Michel Temer.

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