Usado por mais de uma década como local de despejo de detritos, um terreno localizado no distrito de Dandora, na capital do Quênia, Nairóbi, foi transformado pela ação de um residente inconformado com o mau cheiro do local.
O projeto inspirou outras 20 iniciativas similares, afirma Chales Gachanga, realizador da transformação. “Viemos e limpamos. Não tínhamos nem um centavo”, afirmou.
Batizado de Semente de Mostarda, o parque conta com elementos de arte, bancos de material reciclado e vegetação da biodiversidade local.
Moradores que vivem próximos ao parque criado por Gachanga pagam 100 shillings por mês – equivalente a menos de R$ 5, pela manutenção do espaço. Para quem não tem condições de arcar com a taxa, Gachanga aceita que trabalhem como voluntários na ação social.
“[O Semente de Mostarda] nos faz sentir que a natureza ainda vive”, afirmou o poeta Javan Ofula, frequentador do local à agência de notícias Reuters.
Segundo Gachanga, a iniciativa não visa apenas melhorar a qualidade de vida de quem nasceu próximo a lixões, mas educar jovens sobre a possibilidade de transformar espaços sociais. “A próxima geração está crescendo de maneira positiva, sabendo que as pessoas merecem viver em uma área verde e limpa.”