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Moraes coloca Bolsonaro e milicianos no mesmo balaio

O ministro do STF Alexandre de Moraes participa de solenidade do Dia do Marinheiro e de entrega da Medalha de Mérito Tamandaré, no Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília.

Bolsonaro precisa parar de jogar pedras no Supremo e cuidar mais do seu telhado de vidro. Sem apoio na caserna (os generais que obedecem ao capitão são fantoches instalados no Planalto e entorno que vivem articulando golpes fracassados) o presidente, quando enfia os pés pelas mãos, sofre um revés e o tiro sai pela culatra.

O Judiciário, por exemplo, já provou que não se deixa intimidar. O novo exemplo veio de Alexandre de Moraes. O Xerifão do Supremo decidiu juntar numa mesma investigação os ataques de Bolsonaro ao STF e às urnas eletrônicas e a atuação de uma milícia digital contra a democracia. Ou seja, todos os gatos no mesmo balaio.

Alexandre de Moraes não está sozinho nessa empreitada. Tem interlocutores fardados sérios, respeitados nas tropas que vestem verde, branco e azul.  Além disso, conta com o apoio, na PGR, de um forte grupo que prega a volta de ares democráticos, ao contrário do que pensa Augusto Aras, o queridinho palaciano. Foi justamente desses procuradores que veio o aval para juntar as duas investigações.

O inquérito sobre os ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral foi aberto no ano passado. Na época, o presidente espalhou fake news sobre as urnas durante transmissão em suas lives semanais. Já o inquérito da milícia digital apura a atuação de um grupo que busca atacar a democracia e se articula em núcleos. Pior: esse bando parece ter sido abastecido com dinheiro público.

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