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Moraes manda a Aras pedido para apurar crime de Bolsonaro

O Presidente vier Bolsonaro acompanhado pelo ministro Paulo Guedes (Economia), Joaquim Leite (Meio Ambiente, Tereza Cristina (Agricultura), Carlos França (Rel. Exteriores), Ciro Nogueira (Casa Civil) participam da cerimonia, no Planalto, para lançar o Plano Nacional de Crescimento Verde. Paulo Guedes fala em US$ 1 bilhão para investimentos sustentáveis. | Sérgio Lima/Poder360 25.10.2021

O ‘xerifão’ do Supremo, Alexandre de Moraes, e agora também presidente do Tribunal Superior Eleitoral, encaminhou a Augusto Aras, procurador-geral da República, pedido apresentado pela Polícia Federal para que  Jair Bolsonaro seja investigado por incitação ao crime. O inquérito aborda fala de Bolsonaro, durante a pandemia, de que a vacina contra a Covid provocaria Aids.

O relatório da PF afirma que o presidente estimulou espectadores a não adotar normas sanitárias estipuladas pelo próprio governo. Isso, segundo o federais, seria incitação ao crime ao associar a vacina contra a Covid-19 ao risco de desenvolver Aids. Pelo Código Penal, incitação ao crime pode dar até seis meses de prisão.

A relação feita pelo presidente, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é falsa. Bolsonaro fez a associação falaciosa entre vacina contra o coronavírus e risco de desenvolver Aids em uma transmissão ao vivo em suas nas redes sociais no dia 22 de outubro de 2021.

No relatório enviado ao STF, a PF escreveu que a conduta de Bolsonaro levou as pessoas a descumprir normas sanitárias estabelecidas pelo próprio governo. Para o federais, o presidente “disseminou, de forma livre, voluntária e consciente, informações que não correspondiam ao texto original de sua fonte, provocando potencialmente alarme de perigo inexistente aos espectadores”.

A Polícia Federal ainda indicou que pode haver conexão entre o inquérito da falsa associação entre vacina da Covid-19 e risco de pegar Aids com o inquérito que apura se o presidente vazou informações sigilosas com o objetivo de distorcer informações e desacreditar as urnas eletrônicas. Naquela transmissão, Bolsonaro disse que relatórios oficiais do Reino Unido teriam sugerido que pessoas totalmente vacinadas contra a Covid estariam desenvolvendo Aids (doença causada pelo HIV) “muito mais rápido que o previsto”.

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