Carla Araújo e Elizabeth Lopes
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, defendeu nesta quarta-feira, 8, a gestão do correligionário Michel Temer e o programa “Uma Ponte para o Futuro” que seu partido lançou, sob sua coordenação, antes de o peemedebista ser efetivado na Presidência da República. Durante a solenidade de um ano do documento, Moreira Franco criticou, sem citar nominalmente, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, presidente de honra do PSDB, um dos principais aliados do governo do PMDB.
“(Da elaboração da Ponte para o Futuro) participaram os mais brilhantes economistas do País, de várias tendências, nada melhor do que o convívio com o contraditório. E o documento teve repercussão imensa e até hoje causa uma certa inveja em aliados nossos que insistem em dizer que não é ponte, é pinguela”, disse, numa referência à declaração de FHC que, em entrevista em dezembro ao Estado, comparou a gestão Temer a uma pinguela e disse se esforçar para contribuir de alguma forma para que ele consiga chegar até o fim de seu mandato em 2018. E emendou dizendo que “nem pinguela” o aliado conseguiu fazer. E, em seguida, minimizou as críticas, citando que os tucanos estão ajudando o atual governo a ter fundamentos para que essa ponte leve o Brasil a um futuro melhor.
Nos elogios à gestão Temer, Moreira Franco disse que mesmo antes de ele assumir o poder, já havia falado o que iria fazer. “Este é um governo de travessia para nos tirar da maior crise e nos colocar de novo ao encontro do que é mais fundamental para o ser humano, que é o emprego, o trabalho, a segurança, o reencontro com a esperança.” E disse que Temer tomou as medidas corretas, em curto espaço de tempo, com resultados positivos para o País, citando dados como a baixa da inflação.
Ao falar da gestão Temer, o ministro negou que o compromisso do presidente da República seja com as eleições em 2018. “O compromisso de Michel Temer não é com as urnas em 2018, consequentemente nosso compromisso atual (do PMDB) não é com as urnas, mas sim com a história. O presidente Michel Temer só tem uma alternativa, não tem duas”, disse. Ele complementou que o correligionário ou lidera o País para a saída da atual crise, definindo rumos reformistas e transformadores, o que lhe dará reconhecimento político, ou ele e os líderes do partido que fizeram parte dessa gestão serão abandonados pela história. “Temer só tem um único caminho, que é o mesmo para nós: tirar o País da atual crise.”