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Moro adia ida de Lula e aceita atos do povo, mas pacíficos

Ricardo Brandt, Julia Affonso e Luiz Vassallo

O juiz Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, ponderou nesta quarta-feira, 26, que “manifestações são permitidas desde que pacíficas”. Ao adiar o interrogatório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o dia 10 de maio, o magistrado advertiu que manifestantes violentos devem ser responsabilizados

Há uma grande expectativa em torno do depoimento de Lula, réu em ação penal por suposto recebimento de propinas de R$ 3,7 milhões da empreiteira OAS.

“Havendo, o que não se espera, violência, deve ser controlada e apuradas as responsabilidades, inclusive de eventuais incitadores”, escreveu Moro.

O juiz acolheu pedido formal da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Paraná e da Polícia Federal para adiamento do interrogatório, inicialmente marcado para o dia 3.

As corporações alegaram necessidade de “tempo adicional” para montar o aparato de segurança diante da perspectiva de grande aglomeração nos arredores do prédio-sede da Justiça Federal em Curitiba, onde fica o gabinete de Moro e a sala das sessões da Lava Jato.

“É possível que, na data do interrogatório, ocorram manifestações favoráveis ou contrárias ao acusado em questão, já que se trata de uma personalidade política, líder de partido e ex-Presidente da República”, anotou o magistrado.

“Manifestações são permitidas desde que pacíficas.”

Moro avisou, ainda, que vai permitir, “por questões de segurança”, somente “a presença do Ministério Público Federal, dos advogados do assistente de acusação, do acusado e de seus advogados e dos defensores dos demais acusados, sem exceções”.

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