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Moro descarta intromissão do Planalto no caso Flávio Bolsonaro

Foto: Marcelo Camargo/ABr

O ministro da Justiça Sérgio Moro revelou nesta quinta, 24, que o governo não vai intervir nas investigações sobre supostas movimentações financeiras ilícitas de Flávio Bolsonaro, senador-eleito pelo Rio de Janeiro e filho do presidente Jair Bolsonaro.

A declaração foi feita em Davos, Suíça, onde se encerra, ao longo do dia, o Fórum Econômico Mundial. Segundo Moro, o caso está em fase preliminar e vem sendo apurado normalmente pelo MP do Rio.

Ainda em Davos, o ministro disse que a consulta sobre a retirada de parentes de políticos de investigações do Banco Central serão avaliados pelo Palácio do Planalto. “Não existe uma decisão tomada, é uma consulta pública, a questão está em aberto”, sublinhou.

Segundo a Folha de S.Paulo, há uma proposta do BC que traz regras menos rígidas para controle de transações feitas por parentes de políticos. Logo após a veiculação da matéria, o Banco Central divulgou uma nota à imprensa afirmando que a proposta não isenta os bancos de monitorar transações suspeitas de parentes de Pessoas Politicamente Expostas (PPE).

De acordo com o Banco Central, a proposta torna, na verdade, “mais rígidos, abrangentes e eficientes os controles das instituições financeiras para a prevenção à lavagem e dinheiro e ao financiamento do terrorismo”.

“Em outras palavras, as análises não deverão se ater apenas a determinados valores ou pessoas. As instituições terão que monitorar e analisar todas as transações financeiras, independentemente de valor ou do tipo de pessoa, e reportar tudo o que for suspeito”, acrescenta o comunicado do BC.

O Banco Central afirma ainda que, em função disso, “não haveria mais sentido em sinalizar um limite de valor para comunicação, mas, sim, deixar claro que operações suspeitas de qualquer valor devem ser comunicadas, o que amplia o escopo de comunicações relevantes”.

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