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Moro manda soltar nove presos da Xepa, a 26ª fase da Operação Lava Jato

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O juiz federal Sergio Moro mandou soltar neste sábado (26) nove investigados presos temporariamente na Operação Xepa, a 26ª fase da Lava Jato. Todos haviam sido levados a Curitiba na terça-feira pelo prazo de cinco dias. Moro decidiu não estender a prisão, mas proibiu os nove de deixar o país. A operação deflagrada esta semana teve como alvo principal a empreiteira Odebrecht – e se deu em decorrência de dados obtidos a partir da 23ª fase, a Operação Acarajé.

A investigação revelou que a empreiteira tinha funcionários especialmente dedicados ao setor de contabilidade paralela, chamado de “Setor de Operações Estruturadas”, que distribuiu, pelo menos, 66 milhões de reais em propina entre mais de 20 pessoas, entre eles o marqueteiro do PT, João Santana, e a mulher dele, Mônica Moura.

“Ficou claro que a empresa Odebrecth realmente tinha um setor que organizava e contabilizava, com sua hierarquia e alçadas, o pagamento de propinas. Além disso, verificamos que boa parte dessas propinas era paga em dinheiro no Brasil com o sistema de compensação com contas no exterior”, afirmou Carlos Fernando dos Santos Lima, procurador Ministério Público Federal.

Obras construídas pela Odebrecht como o Canal do Sertão em Alagoas, o metrô de Porto Alegre, o aeroporto de Goiânia, a Arena do Corinthians e o projeto do Porto Maravilha no Rio de Janeiro foram citadas nas investigações. “Há indicativos de que os recebedores se referem a diversas obras do governo federal e de outros governos estaduais e municipais. Teremos que aprofundar esses dados e encaminhar essas informações a seus respectivos investigadores”, disse o procurador. “É claro que a Lava Jato tem o foco básico na Petrobras, mas trabalhamos no combate à corrupção. Tendo provas, seja qual for o partido ou o governo, vamos dar encaminhamento às investigações.”

Veja a lista

1) Antônio Claudio Albernaz Cordeiro – operador.
2) Antônio Pessoa de Souza Couto – subordinado a Paul Altit.
3) Isaias Ubiraci Chaves Santos – envolvido na confecção das planilhas e das requisições de pagamentos.
4) João Alberto Lovera – executivo da Odebrecht Realizações Imobiliárias.
5) Paul Elie Altit – chefe da Odebrecht Realizações Imobiliárias.
6) Roberto Prisco Paraíso Ramos – chefe da Odebrecht Óleo e Gás.
7) Rodrigo Costa Melo – subordinado a Paul Altit.
8) Sergio Luiz Neves – diretor superintendente da Odebrecht subordinado a Benedicto Barbosa Júnior é o chefe da Odebrecht Infraestrutura.
9) Alvaro José Galliez Novis – diretor da Hoya Corretora de Valores e Câmbio Ltda. Responsável pela entrega do dinheiro no Rio de Janeiro e São Paulo.

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