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Inquérito da discórdia

Moro quer ver Bolsonaro cara a cara com a PF

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Autor/Imagem:
Bartô Granja, Edição

O ex-juiz e ex0-ministro da Justiça Sérgio Moro apelou ao Supremo Tribunal Federal nesta segunda, 5, que o presidente Jair Bolsonaro seja ouvido presencialmente no inquérito que investiga suposta ingerência do Palácio do Planalto na Polícia Federal. Moro, que já esteve frente a frente com uma equipe de delegados e agentes para prestar seu depoimento, pondera que Bolsonaro não tem, pela lei, a regalia de depor por escrito.

A petição foi protocolada pelos advogados do ex-ministro. Eles alegam que como investigado, Bolsonaro não teria o direito de usufruir da possibilidade aberta pelo Código de Processo Penal que prevê, para algumas autoridades, o depoimento por escrito em casos que figurem como testemunhas ou vítimas. A defesa lembra que o próprio Moro, também investigado, prestou depoimento presencial.

A apresentação de contrarrazões por parte de Moro foi provocada por Celso de Mello ao reassumir a relatoria do inquérito (ele esteve afastado por conta de licença de saúde). O ministro facultou ao ex-ministro da Justiça a possibilidade de se manifestar em relação ao pedido de Bolsonaro para depor por escrito.

Mello havia determinado que o presidente fosse interrogado presencialmente. No mês passado, o ministro Marco Aurélio – que substituiu Mello durante sua licença médica -, suspendeu o andamento do inquérito, decidiu mandar o recurso de Bolsonaro para o plenário virtual do STF e adiantou seu voto, favorável ao depoimento por escrito.

Ao voltar ao STF, Mello decidiu suspender o julgamento no plenário virtual. Na manhã desta segunda, encaminhou o caso para inclusão em pauta no plenário do STF, a data terá que ser marcada pelo presidente da corte, Luiz Fux.

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