Um bebê eritreu de três meses morreu a bordo do barco humanitário que o resgatou no Mediterrâneo em meio ao mau tempo e falta de embarcações de resgate, informou nesta quinta uma ONG.
Cerca de 1.600 imigrantes foram resgatados desde terça-feira em frente à costa líbia, entre eles muitas mulheres e crianças.
As operações de resgate foram dificuldades nos últimos dias pelo mau tempo e os barcos humanitários da Proactiva Open Arms e Sea-Watch não têm dado conta do trabalho diante do grande número de pessoas.
“Esta é uma das situações mais difíceis que já enfrentamos”, reconheceu à AFP Laura Lanuza, porta-voz da ONG espanhola Proactiva Open Arms.
Na terça-feira, uma mulher com um bebê que quatro dias de vida foram resgatados por um helicóptero. Durante a difícil operação de salvamento, o médico responsável não detectou que entre os 28 bebês a bordo um eritreu de 3 meses estava desnutrido e com febre alta. Ele morreu algumas horas depois.
Outro bebês e um jovem foram encontrados mortos na terça numa embarcação lotada com 400 pessoas e resgatada pela Proactiva.
“Os barcos de resgate operam no limite de sua capacidade. Alguns navios de carga estão desviando seu curso para ajudar”, contou Klaus Merkle, coordenador de resgates do navio Acuario, fretado pela ONG Mediterrâneo SOS e Médicos Sem Fronteiras.