De nada adiantou a promessa feita por Agnelo Queiroz (PT) na campanha de 2010, de que seria governador e secretário de Saúde. O setor continua sendo avaliado como péssimo pela população. E causando vítimas. A última foi um bebê que morreu na madrugada desta quinta-feira (21).
A criança, de apenas três meses, aguardava por um leito na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) da rede pública. Segundo familiares, o bebê foi transferido somente na noite desta quarta, após quatro dias de espera. Enquanto aguardava por um leito de UTI, o bebê sofreu sete paradas cardíacas e, após a transferência, mais três.
O bebê deu entrada no Hospital Regional de Planaltina com pneumonia na noite de sábado (16). Apesar de uma determinação da Justiça para internação da criança na UTI, a Secretaria de Saúde informou que não havia vagas disponíveis. Apesar disso, segundo a pasta, a criança estava recebendo todo o atendimento necessário e teria prioridade para ser transferido.
No fim da tarde desta quarta, a família foi informada de que havia surgido um leito no Hospital Regional de Taguatinga, mas a criança só foi transferida às 22h. Por volta de meia-noite, o bebê morreu.
A avó Denise Sevilha disse acreditar que, se não fosse a demora em conseguir um leito, o bebê teria tido mais chances de lutar contra a doença.
“Transferido ele foi, mas já atrasado, já não estava mais em tempo. Desde a segunda-feira que os médicos diziam que ele estava muito, muito grave. A médica já tinha falado que se passasse de ontem, ele não sobreviveria. Durante a tarde ele deu uma parada cardíaca e continuou roxinho, estava todo geladinho o corpo. A gente imagina que ele já tinha falecido, mas eles [médicos] disseram que não”, disse Denise.