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Morte de civis por fome na Síria é crime de guerra, adverte ONU

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O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, afirmou que o fato de que civis estejam deliberadamente passando fome na Síria é um “crime de guerra”. A autoridade elevou a pressão sobre o governo sírio e os rebeldes para que acabem com os cercos antes das negociações de paz marcadas para o dia 25 em Genebra, como uma medida para criar confiança.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) afirmou nesta sexta-feira que testemunhou casos de severa desnutrição entre crianças na cidade sitiada de Madaya. Agentes do Unicef testemunharam a morte de um adolescente “diante de nossos olhos” Hanaa Singer, representante do fundo na Síria, disse em comunicado que o jovem de 16 anos morreu de desnutrição profunda enquanto membros do Unicef visitava na quinta-feira uma clínica de Madaya.

Caminhões da ONU e de outras entidades humanitárias entraram em Madaya na quinta-feira pela segunda vez em uma semana, após relatos sobre mortes por desnutrição. A cidade está há meses sob cerco das forças do governo.

Duas outras comunidades, Foua e Kfarya, no norte da Síria, estão cercadas por rebeldes sírios e também foram incluídas na operação da quinta-feira.

O Conselho de Segurança da ONU deve realizar uma reunião emergencial na sexta-feira a pedido de países do Ocidente para tentar pressionar as partes envolvidas no conflito sírio a acabar com cercos em cidade onde centenas de milhares de pessoas não conseguem receber ajuda e muitas passam fome.

Ban disse que a ONU e seus parceiros conseguem entregar comida apenas a 1% das 400 mil pessoas sob cerco na Síria. Há um ano, esse índice já era baixo, de 5%.

Representante do Unicef sediada em Amã, Juliette Touma disse que a equipe da ONU que ficou quase sete horas em Madaya na quinta-feira ficou “completamente chocada”. “Em geral, eles viram cenas muito horríveis de mulheres, crianças e idosos desnutridos”, afirmou ela. Segundo a funcionária, é importante manter o acesso da população à ajuda. “Há outras 14 Madayas”, afirmou, referindo-se a outras áreas também com o mesmo problema

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